segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Fuzil Anil

Eu sou um papel opaco
Tal qual essa Pátria
Escrever Esse Nome
Me assusta
Todos estão na rua
Degladiando-se com um fuzil
Chamado Brasil
E o que faremos?
Os seus olhos eu amo
Mas seus olhos não tenho
Num país que não rima com anil.
Te amo, Amor
Mas as cores não tem rimado mais
E no seu vazio furor
Morre minha contida paz
Quero morrer
Vendo-te no meu perecer rindo
Sem nem saber aonde você mesma está indo
Então mil vezes morro
Pois do teu lado
Sou um anjo morto
Mesmo que alado
E ao lado seu deus me vela
Com uma silenciosa vela
A vigiar minha perdição
Vela tão silenciosa quanto covarde
Não enfrenta meu alarde
Tarde por você fingir esquecer
E na rede social os peixes estão vencidos
Pois nem conhecem o Mar
Da Vida singrando na Linda Brisa
Verde-amarela
De Você.