Agora há pouco me senti
Como uma criança deficiente.
Eu a vi há alguns dias perto do hospital de Taguá:
Na cadeira de rodas,
Movimentos imprecisos, quase espasmódicos
A mãe (penso que era a mãe) a empurrava
Triste, mas resoluta.
Mas a criança, bem, a criança
Deleitava-se com o Sol
Meu Deus, que prazer na sua expressão,
E eu, do meu carro olhando, com minha alma paralítica.
Porém hoje minha alma se levantou da cadeira de rodas
E o Sol me lambeu como lambeu aquela alma livre
E na lembrança comungamos juntos a Liberdade Plena.
Nunca foi tão bom
Me sentir
Como uma criança deficiente.
quarta-feira, 24 de julho de 2019
Mimimi de dar Dó
É tanto Mimimi
Ai, é de dar Dó
Que fica foda a rima com Fá.
Me deixa ver o Sol!
Sai de Ré, voa!
Prefiro ir pra Lá, onde o Lá ressoa...
E te deixar fora de Si.
Ai, é de dar Dó
Que fica foda a rima com Fá.
Me deixa ver o Sol!
Sai de Ré, voa!
Prefiro ir pra Lá, onde o Lá ressoa...
E te deixar fora de Si.
quarta-feira, 17 de julho de 2019
Amálga(l)mas
Eu sou um acidente astrológico
Uma aberração ilógica
Da lógica mal formulada
O tudo preenchido de Nada
Qual seria minha finalidade histórica?
Um comunista mortal na Perestroika
Ou nazista na guerra civil espanhola
Ou só um tapete que se desenrola?
Sou o tudo preenchido de Nada
Como esse sol cura minha alma
Alma que nem sei se tenho mais
Das amálgamas estelares sou a amálgama
Gravidade perdida no Abismo
Um sem-fim que dentro de mim tanto faz
Eu sou o infinito em seus olhos
Uma aberração ilógica
Da lógica mal formulada
O tudo preenchido de Nada
Qual seria minha finalidade histórica?
Um comunista mortal na Perestroika
Ou nazista na guerra civil espanhola
Ou só um tapete que se desenrola?
Sou o tudo preenchido de Nada
Como esse sol cura minha alma
Alma que nem sei se tenho mais
Das amálgamas estelares sou a amálgama
Gravidade perdida no Abismo
Um sem-fim que dentro de mim tanto faz
Eu sou o infinito em seus olhos
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