" Desilusões"
Semblante sinistro de uma seiva súbita sangrenta,
Algo cansado e sem graça,
Como uma dor que já já passa,
Algo que não mais se reinventa,
Estou só um pouco cansado
De pessoas sem espelho
Vivendo numa casa de espelhos
Estojos de maquiagem espalhados
Pulmões cansados dos excessos
Coração cansado desse amor
Tão falso quanto essa flor
De plástico e poluição e abcessos
Quero me amar
Mas hoje está difícil
Pois parece que de mim mesmo
Estou longe um precipício
Sei que me amo
É só um pouco de sono
Dias de auto-abandono
Mas eu sei que me amo...
sábado, 27 de novembro de 2010
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
"Lamento dos Sonhos"
Meus sonhos são seitas
E eu sou o deus
Às vezes me sinto uma igreja abandonada
Todos passam em frente
E ninguém entra...
Mas ainda ecoam os cantos ali dentro
Do tempo que ainda existia um céu
Quando a divindade ainda se rebelava
Contra o inevitável cansaço
A modernidade sempre vem
E os deuses caducam em prol de outras coisas
Sagradas ou profanas
Simplesmente outras coisas
Simplesmente passagem
Eu sou o muro das lamentações
Dos meus sonhos...
Meus sonhos são seitas
E eu sou o deus
Às vezes me sinto uma igreja abandonada
Todos passam em frente
E ninguém entra...
Mas ainda ecoam os cantos ali dentro
Do tempo que ainda existia um céu
Quando a divindade ainda se rebelava
Contra o inevitável cansaço
A modernidade sempre vem
E os deuses caducam em prol de outras coisas
Sagradas ou profanas
Simplesmente outras coisas
Simplesmente passagem
Eu sou o muro das lamentações
Dos meus sonhos...
terça-feira, 23 de novembro de 2010
"Pique-esconde"
A vida inteira se escondendo de si mesmo
Num pique-esconde entre um segredo e outro
Até o espelho é traído com sucesso
Quando convém até a merda vira ouro
E aqueles passos que levam ao fim do túnel
Direto para a luz mas em cima do trilho
Tal qual a traição de um querido filho
Sem perceber a verdade se torna táctil
Se torna punho, se torna rosto
Tudo no mesmo corpo
O rato fez sua ratoeira
Tudo no mesmo corpo
Teu esconderijo perfeito
Foi tão óbvio quanto louco
Tão longe do lado dentro
E eu não te achei por pouco.
A vida inteira se escondendo de si mesmo
Num pique-esconde entre um segredo e outro
Até o espelho é traído com sucesso
Quando convém até a merda vira ouro
E aqueles passos que levam ao fim do túnel
Direto para a luz mas em cima do trilho
Tal qual a traição de um querido filho
Sem perceber a verdade se torna táctil
Se torna punho, se torna rosto
Tudo no mesmo corpo
O rato fez sua ratoeira
Tudo no mesmo corpo
Teu esconderijo perfeito
Foi tão óbvio quanto louco
Tão longe do lado dentro
E eu não te achei por pouco.
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