sábado, 27 de novembro de 2010

" Desilusões"

Semblante sinistro de uma seiva súbita sangrenta,
Algo cansado e sem graça,
Como uma dor que já já passa,
Algo que não mais se reinventa,
Estou só um pouco cansado
De pessoas sem espelho
Vivendo numa casa de espelhos
Estojos de maquiagem espalhados
Pulmões cansados dos excessos
Coração cansado desse amor
Tão falso quanto essa flor
De plástico e poluição e abcessos
Quero me amar
Mas hoje está difícil
Pois parece que de mim mesmo
Estou longe um precipício
Sei que me amo
É só um pouco de sono
Dias de auto-abandono
Mas eu sei que me amo...

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