Eu amo tanto a Música
Chega a ser patético
Ela me faz pensar
Que nem preciso mais de médico
O palco é a sala de cirurgia
E eu com meu instrumento cirúrgico
Arranco todos os males do mundo
Da minha alma, tal qual câncer pútrido
De um órgão vital
Me sinto seguro, Deus no coração
Sinto algo descendo em mim
Tanto quanto o Demônio sobe
Tudo se resume e explode no fim
Flautas doces que soam amargas
Violões grosseiros tão puros e etéreos
Ondas invisíveis que pesam um mundo inteiro
O silêncio da alma num caos elétrico
Nada mais cativante e maravilhoso
Quanto a sinceridade de um músico
Quando vence o ego ou a timidez ou o cansaço
E a entrega é tanta que ao vê-lo
Tentando se controlar pra não chorar
Não nos controlamos
E choramos
Eu tenho uma filha
Que é também minha mãe
Ela se chama Música
As amo tanto...
É prazeroso te ver tocar e te ver revelar isso tudo que você descreveu e te ver explodir em mil cores no fim...
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