Segue sêca a selva árida e hostil dos desejos
Antes suavizada pelos momentos escusos de amor
Mas o sangue não seca, segue pulsando
A vontade de chuva pra aplacar o torpor
É difícil seguir em frente com os pés fincados
Em nuvens tão confortáveis quanto passageiras
É impossível seguir em frente olhando pros lados
Tropeçando em amores que seriam pra vida inteira
E a esperança é a primeira que morre
Pra ressuscitar em sua momentânea perda
Apenas um susto pra lembrar do que importa
Como aquele que desesperado corre
Até o fim do mundo pela paixão que dói nas veias
Sem se ater às batidas atrás da porta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário