quarta-feira, 8 de maio de 2013

Múmias de Fogo

Céu e pedras amarelos
O começo de um amor sem fim
Corrida de adolescentes ébrios
Fútil e lindo mesmo assim
Coquetéis (molotov e de sangria)
Bordel de uma noite insólita
O amanhecer de um amor em agonia
Que morreu (mas não de maneira mórbida)
Um amor que não sabia amar
Mas que facilitou o aprendizado
Para um amor que consegue durar
Não em termos de nós, mas de laços
A morte que esmagou cabeças
E que mais tarde virou pó
Mas que sempre vem na lua cheia
Separar o joio do só
Que sabe que tudo no fim
Termina no fim infindável
Infindável fim: é assim
O segredo para sempre insondável
Dos momentos-múmias de fogo.


Valéria Dusaki

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