quinta-feira, 11 de junho de 2015

Um vagalume num dia de sol

O carinho não se paga com carinho
O carinho não se paga
Ele flui de uma pessoa a outra
Mas carinho não é só carícia
Quem dera o fosse
Mas do amargo
Se extrai o doce
Seu Eu te Amo veio envolto em tempestades de mágoa
Porque carinho não se paga
E eu no meu egoísmo
Quis pagar pra não dever
Sem perceber que dever Amor
É o nosso melhor
Dever

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Viva o Stalin, o Hitler e o George Bush... mas prefiro o Mussum (ai cacilds!)

É a raiva que impuseram a nós
Eles, os nós de ar das engrenagens de aço
É um caos de aço e selvageria
No início desse dia.
Nunca quis revolução
Só assim pra ter uma
É um erro esperar cair no chão
Pra chorar pelo copo quebrado
As revoluções são um piada de bom gosto
Que de tão contada perde a graça
E o que fica são os beijos que não demos
Escrevendo poesias sobre revoluções
Como fluir uma revolução?
Essa palavra revolução está tão gasta
Quanto meu sapato seguindo uma alma penada
Ninguém quer uma revolução
Uma punheta tá bom pra aguentar
Essa palavra medonha e filha da puta...
Rasgar dinheiro tu não rasga não né seu filho de uma rapariga com um viado estuprado por um patrão Lindo como o Brad Pinto
Ah, o Brad Pinto, tão lindo quanto o Queanorrívis
Realmente não foi lá um ano tão legal em Taguatinga
Com esse Estado vendido pra empresários cheirados que adoram puteiros
Essa raiva impusemos a nós mesmos
Com nossos olhos cansados
De enxergar o desespero
Onde era bem mais fácil e lindo
Enxergar o Amor...

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Mais nada

Não quero falar mais nada
Sou só um poeta no canto da sala
Provando da língua que não se cala
Minha língua quer desmontar a boca selada
E no abrir das pernas fazer que não queiras mais fechá-las
Tesas, gritos, morte, leve e a Eternidade passa
Mais um vez
Na sua tez
Tesuda e muda:
Meio-fim.

Não quero falar mais água
Já que nem alguns lindos atos ficam
Muito menos ficam palavras
No mínimo escreva CORAÇÃO e sinta-o RETUMBANDO
Como um lobo seguindo o Mestre na Cavalgada do bando
E o grave do tombo da morte do mestre
Debandeia o Lobo que aprende a voar
Como um poeta-Lobo sem Mestre no canto da selva de pedra
Que não quer mais nada falar.