Não quero falar mais nada
Sou só um poeta no canto da sala
Provando da língua que não se cala
Minha língua quer desmontar a boca selada
E no abrir das pernas fazer que não queiras mais fechá-las
Tesas, gritos, morte, leve e a Eternidade passa
Mais um vez
Na sua tez
Tesuda e muda:
Meio-fim.
Não quero falar mais água
Já que nem alguns lindos atos ficam
Muito menos ficam palavras
No mínimo escreva CORAÇÃO e sinta-o RETUMBANDO
Como um lobo seguindo o Mestre na Cavalgada do bando
E o grave do tombo da morte do mestre
Debandeia o Lobo que aprende a voar
Como um poeta-Lobo sem Mestre no canto da selva de pedra
Que não quer mais nada falar.
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