quarta-feira, 30 de dezembro de 2015
O encontro, de Valéria Dusaki (trecho)
"É uma dor desgraçada, essa do encontro. É uma libertação tão difícil, essa do calabouço. Você entende, meu grande Amor. É culpa por não termos visto antes, é desejo por sabermos que iremos ver depois. É paixão diagnosticando o Amor. O gosto da revolta passa, e o conceito do livro é só uma desculpa. Ai que dor que dá prazer, essa da liberdade. É vaidade, é saudade, é medo, sentir o calabouço nunca foi tão gostoso, pois o calor do sol impera em todos os calabouços. A alegria ganha nos corações bons. Permita-se, meu amigo. Sinta que não está sozinho quando as correntes apertam, porque se sentes o aperto dos grilhões você está com você e a vontade de correr pra si mesmo que faz os livres serem realmente livres. Não morra, não há correntes. O prazer de viver está no fato das correntes. De arrebentá-las."
quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
De olhos despertos
De olhos fechados
O chão torna-se corda-bamba
E o bumbo no coração
Desata o desequilíbrio errante
De um chão-corda-bamba.
No bambolê do amor
Rebolei até não querer mais um lindo samba
Como uma panicat freak
Sick, sick, babe,
Sick, sick...
De olhos vendados
Pelas suas mãos de veludo e desespero
O chá de camomila se tornou cicuta
O veludo se tornou férreo
E o adeus despertou logo no começo
Como um pássaro preso
Em pleno ar
E de olhos despertos
Enxergo a criança nas noites de sexo
Que eu era
Como você
Desesperados pelo gozo tão eterno
Quanto fugidio
De olhos fechados...
O chão torna-se corda-bamba
E o bumbo no coração
Desata o desequilíbrio errante
De um chão-corda-bamba.
No bambolê do amor
Rebolei até não querer mais um lindo samba
Como uma panicat freak
Sick, sick, babe,
Sick, sick...
De olhos vendados
Pelas suas mãos de veludo e desespero
O chá de camomila se tornou cicuta
O veludo se tornou férreo
E o adeus despertou logo no começo
Como um pássaro preso
Em pleno ar
E de olhos despertos
Enxergo a criança nas noites de sexo
Que eu era
Como você
Desesperados pelo gozo tão eterno
Quanto fugidio
De olhos fechados...
terça-feira, 15 de dezembro de 2015
Seita secreta
Tenho tentado desfazer
Esse emaranhado de teias imperfeitas
Traçadas por essa aranha pervertida
Que se tornou meu coração.
É uma carência que caça o Amor
Como se caça uma lembrança fugidia
Pra aproveitar o eterno último estertor
Que irá completar o vazio dos dias...
Admita que perdeu
Mas reconheça que tentou
Não curve-se a si mesmo
Como se fostes um ditador;
A vida é feita de erros
Mas vendo com bons olhos
O que parece escombros
É o mapa das estrelas do Cosmos...
E as teias imperfeitas
Vindas dessa aranha pervertida
Se tornarão frases de uma seita:
A seita secreta da minha vida.
Esse emaranhado de teias imperfeitas
Traçadas por essa aranha pervertida
Que se tornou meu coração.
É uma carência que caça o Amor
Como se caça uma lembrança fugidia
Pra aproveitar o eterno último estertor
Que irá completar o vazio dos dias...
Admita que perdeu
Mas reconheça que tentou
Não curve-se a si mesmo
Como se fostes um ditador;
A vida é feita de erros
Mas vendo com bons olhos
O que parece escombros
É o mapa das estrelas do Cosmos...
E as teias imperfeitas
Vindas dessa aranha pervertida
Se tornarão frases de uma seita:
A seita secreta da minha vida.
Assinar:
Postagens (Atom)