quarta-feira, 30 de dezembro de 2015
O encontro, de Valéria Dusaki (trecho)
"É uma dor desgraçada, essa do encontro. É uma libertação tão difícil, essa do calabouço. Você entende, meu grande Amor. É culpa por não termos visto antes, é desejo por sabermos que iremos ver depois. É paixão diagnosticando o Amor. O gosto da revolta passa, e o conceito do livro é só uma desculpa. Ai que dor que dá prazer, essa da liberdade. É vaidade, é saudade, é medo, sentir o calabouço nunca foi tão gostoso, pois o calor do sol impera em todos os calabouços. A alegria ganha nos corações bons. Permita-se, meu amigo. Sinta que não está sozinho quando as correntes apertam, porque se sentes o aperto dos grilhões você está com você e a vontade de correr pra si mesmo que faz os livres serem realmente livres. Não morra, não há correntes. O prazer de viver está no fato das correntes. De arrebentá-las."
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