segunda-feira, 25 de abril de 2016

Surra de Buceta

É que a liberdade me salta aos olhos mas não sei pra onde
Se esconde na primeira penumbra de razão.
O único livre é o mendigo aqui perto de casa:
Ele e sua cachaça,
Observando os carros indo,
Junto com os babacas se esvaindo,
E ele cambaleante rindo,
E pensando:
"Cachaça, cachacccccca, l`amour, gr`anamour, buceta,
cachaça, ahhhhhhhhaaahannnnbaque, crash, buuuuuummm, c
ra, mãe, ahhhhhhhhhhhhhhhhhhn, filho, CRASH
lplpat, cachaça, vruoiioappppr
ranmwwwww...
Amor."
O Amor foi vacilo meu:
Ele não pensa em Amor
Eu penso em Amor:
Ele sente.
VRRRRRUUUUUUMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM
E que Lévi-Strauss e Devin
Me deem uma surra de buceta
Sobre o Amor.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Tal qual meu coração

Existe um lugar aqui dentro
Que se revela
No seu carinho.
É um lugar vasto
E se parece com um certo crepúsculo perfeito de infância
Mas não é.
É algo que virá
Quando nos virarmos pra algum ponto cardeal que não existe:
Aquele que é a intersecção de todos...
É quando me perco no desespero de te perder
E me acho nos seus olhos
Irremediavelmente
(Reminiscência remanescente)
Eternos dentro de mim
E não sempre comigo
Mas em mim
Tal qual meu coração.

Confusão

A paz que eu tenho não é calma
Como a calma que eu tinha antes era preguiça
Calado a guerra aqui dentro desata e refaço
A sutura milhões de vezes num segundo...
É como a agonia que é melhor real
Do que a felicidade hipócrita
De uma criança
Que não sabe que passa a fome dos inocentes
Mas o sorriso falso da mãe acalenta...
Ah, mas a mágoa mata como mão dentro da minha mão que seguro com a faca
E o meu ódio fere mais um dentro de mim...
Mas não fora.
Que eu resolva essa guerra dentro
Pra que a calma transpareça
Com mais verdade
Que já contém.