quarta-feira, 15 de junho de 2016

A Casa dos Mortos.

Mais solitário que a casa dos mortos
Que moram atrás dos meus olhos
Onde a vida se escondeu?
Num relicário de lembranças que é mais seu do que meu
Num bar onde os sorrisos ecoam mais do que o tilintar das garrafas
Um bar em Suburbia...
Não dependo mais dos outros
E é triste pois a paixão suturou meus olhos por vontade própria
Da Paixão
Hoje meu pai ressuscita mais uma vez no piscar dos relógios
De todos os relógios
E meus amigos me mandam mensagens sem sentido porque não quero mais sentido na perfeição
E tudo é pura manha
Por não me sentir digno de nenhum carinho.
Mas a força tem caminhos mais estranhos do que o espelho pode sinalizar
E hoje sou só mais um geminiano
Sem alma gêmea...
Mais solitário que a casa dos mortos
E a morte se torna presente
Com seus laços frios
O presente se materializa no meio da sala
Onde a potência da faca reluz mais do que seu aço
Não sei mais o que faço
Não há mais nada o que fazer aqui
Na casa dos mortos.

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