quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Versos bêbados para o festival do Isso aqui é DF!

Vim da Arniqueira
Pra CNElvis
A pé, sentindo a alma
No pé, no pau e na pélvis
Com uma Cantina da Serra na beira

Meninos numa praça da QNA
Lembraram-me da minha infância a aprender
A andar, na CNB-8, de bicicleta
Meu pai puto a me ver aprendendo a viver

É a verdade de Taguá:
Eu sou classe média na dor
E classe baixa na atitude
Classe baixa na atitude:
Amor dos Paraíba na atitude
Amor de Ser Humano no AMOR

terça-feira, 17 de setembro de 2019

Elegia de uma tarde qualquer

O relógio de dentro quebrou numa tarde de sol
E os mortos perambulam pela casa-solitude
Já quis que o amor ressuscitasse após uma xícara de café,
Mas não é bem assim que o tempo age:
Ele age nessa vontade absurda de te ligar
Nas músicas inacabadas como tal vontade
Como o sonho de pra sempre amar
Que descarrilha como um trem em brasas nessa tarde...
É química essa tristeza
Excessos de fim de semana
Mas que traz o fim da certeza
Que a certeza de si mesma emana
Vá em paz minha grande Dor
Descanse um pouquinho no canto da sala
Sei que debaixo da cama está o Amor
Num futuro instintivo que do presente exala...