terça-feira, 17 de setembro de 2019

Elegia de uma tarde qualquer

O relógio de dentro quebrou numa tarde de sol
E os mortos perambulam pela casa-solitude
Já quis que o amor ressuscitasse após uma xícara de café,
Mas não é bem assim que o tempo age:
Ele age nessa vontade absurda de te ligar
Nas músicas inacabadas como tal vontade
Como o sonho de pra sempre amar
Que descarrilha como um trem em brasas nessa tarde...
É química essa tristeza
Excessos de fim de semana
Mas que traz o fim da certeza
Que a certeza de si mesma emana
Vá em paz minha grande Dor
Descanse um pouquinho no canto da sala
Sei que debaixo da cama está o Amor
Num futuro instintivo que do presente exala...

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