Saudade da seita simples
De S singrando o Céu
Sou seu, sou sua, sim, nossos
Amor até os ossos sibilando afagos bons
O S do excesso de nuvens
Que lábios já foram, já carne, já nada
Agora o S segura a Saudade
Às vezes dá raiva e o R é que sangra...
Que todo alfabeto
Seja ectoplasmado de Amor
Tal qual o Z que não há na desilusão
Fonema Amor, grafia não importa
O que importa não é a porta
Mas o olhar atrás dela:
A Súplica é o Fonema
Porta, a grafia da Dor...
Que maçaneta seja Amor em fonema.
terça-feira, 9 de junho de 2020
Espelho, espelho meu?
Espelho, espelho meu
Por ser só meu, facílimo emudecê-lo
Sem opositores mais ferrenhos
Às cartas pra consciência que eu mesmo lambo o selo
Espelho, espelho meu...
Mas que no fundo é feito de vocês
Mais cedo ou mais tarde tudo o que se fez
Aparece desengonçado como remorso reluzindo
Há um outro caminho
Que só percebi
Quando enclausurado sem mais olhos pra me adentrar
Ou esquivar
Sempre houve esse caminho
Mas o sino da consciência, bêbado
Sempre ao longe longe a tilintar
Aproveite o chamado
Mesmo que a chama ao lado
Possa tudo exterminar
Aproveite esse espelho
Mesmo com esse olhar horrível
É só dessa Verdade
Que o Amor se refará.
Por ser só meu, facílimo emudecê-lo
Sem opositores mais ferrenhos
Às cartas pra consciência que eu mesmo lambo o selo
Espelho, espelho meu...
Mas que no fundo é feito de vocês
Mais cedo ou mais tarde tudo o que se fez
Aparece desengonçado como remorso reluzindo
Há um outro caminho
Que só percebi
Quando enclausurado sem mais olhos pra me adentrar
Ou esquivar
Sempre houve esse caminho
Mas o sino da consciência, bêbado
Sempre ao longe longe a tilintar
Aproveite o chamado
Mesmo que a chama ao lado
Possa tudo exterminar
Aproveite esse espelho
Mesmo com esse olhar horrível
É só dessa Verdade
Que o Amor se refará.
sexta-feira, 5 de junho de 2020
Soneto desigual à Súplica
Quero um Amor tranquilo
Café num fim de tarde
Amor sem ser por quilo
Ou litro e sim densidade
Muito tempo me vi no escuro
Condenado a macular
Todo o meu andar rumo ao futuro
Praguejando para o ar
Agora peço ao ar pesado
(Na verdade é o meu peito confuso
Entre prosseguir e pensar)
Que me mostre o não-fardo,
Que o meu peito tão difuso
Reencontre o sentido em caminhar...
Café num fim de tarde
Amor sem ser por quilo
Ou litro e sim densidade
Muito tempo me vi no escuro
Condenado a macular
Todo o meu andar rumo ao futuro
Praguejando para o ar
Agora peço ao ar pesado
(Na verdade é o meu peito confuso
Entre prosseguir e pensar)
Que me mostre o não-fardo,
Que o meu peito tão difuso
Reencontre o sentido em caminhar...
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