Eu preciso de um fogo que me afaste desse gelo
Tão gelado que eu não sinto mas dói tanto esse meu peito
Que é um gelo e treme, treme e eu confundo que é batida
Como quando vem seu fogo tão tremido, quem diria
É um gelo-arrebol, anã branca antes sol
Mas que não perde seu brilho, gigantesco arrepio
Tão pesado quanto o tempo esse amor que é tão pequeno
Quanto um vírus, quanto a alma, quanto o estertor de um rio
Que era tudo, oceanos
Hoje esse tremendo frio
Eram bombas nucleares
Hoje esse tremendo frio
Era exército e crianças
Hoje esse tremendo frio
Não há tapas, não há dança:
Só esse tremendo frio.
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Enterrar
Quando a minha mão pega na sua
Mão
E esse é o motivo pelo qual respira
A ação
Transpiração
Rigidez
De veludo
Devagar
Deumavez...
Eu sinto meus músculos mais músculos
Másculo
Invencível mas que permite
A mácula
Me abro pra você
Pode entrar
Enquanto eu entro
No meu lar
Você
E o mel só é mel quando degustado
Banhados em mel só se pele for língua
E começa na língua
E a sensação se materializa
Como a Mona Lisa
Pegando fogo
É quando eu quero enterrar em você
E me enterrar
Em você.
Mão
E esse é o motivo pelo qual respira
A ação
Transpiração
Rigidez
De veludo
Devagar
Deumavez...
Eu sinto meus músculos mais músculos
Másculo
Invencível mas que permite
A mácula
Me abro pra você
Pode entrar
Enquanto eu entro
No meu lar
Você
E o mel só é mel quando degustado
Banhados em mel só se pele for língua
E começa na língua
E a sensação se materializa
Como a Mona Lisa
Pegando fogo
É quando eu quero enterrar em você
E me enterrar
Em você.
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Picotes
Não sinto mais nada
Olhos são janelas
Pelas quais sangro pero no mucho
Um Van Gogh amarelado pelo tempo
Meu discurso são cacos de prelúdios murchos
Folhas picotadas marcadas com sangue coagulado
Da última briga que tive
Comigo mesmo.
Era uma poesia tão bonita
A dos picotes
As palavras saíram tão quentes
Súbitas tão pensadas
Flores ao vento arranjadas
Em guirlandas na porta da
Nossa casa
Que era num lugar
Qualquer
Qualquer lugar, sempre...
Um sol de estraçalhar o mundo
Mas feliz
A lua e seu luar fecundo
Um chafariz
De vinho e planos e peles
Secreções de alegria
(Lágrimas a brilhar
Lindas no Luar)
Sinto sua noite no meu dia
Sinto sua calma na minha agonia
E me perco
Na sua certeza.
Olhos são janelas
Pelas quais sangro pero no mucho
Um Van Gogh amarelado pelo tempo
Meu discurso são cacos de prelúdios murchos
Folhas picotadas marcadas com sangue coagulado
Da última briga que tive
Comigo mesmo.
Era uma poesia tão bonita
A dos picotes
As palavras saíram tão quentes
Súbitas tão pensadas
Flores ao vento arranjadas
Em guirlandas na porta da
Nossa casa
Que era num lugar
Qualquer
Qualquer lugar, sempre...
Um sol de estraçalhar o mundo
Mas feliz
A lua e seu luar fecundo
Um chafariz
De vinho e planos e peles
Secreções de alegria
(Lágrimas a brilhar
Lindas no Luar)
Sinto sua noite no meu dia
Sinto sua calma na minha agonia
E me perco
Na sua certeza.
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Insôôôônia
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10, 11, 12;
13, 14, 15;
16, 17, 18 e
19... 20...
21... 22...
23...
23...23...
BOOOOOOOOOOOOMMMMMM!
RRRRRRRRRSHHHHHHHH
RRRRRRRRRSHHHHHHHH...
2
3
4
5
6
7
8
9
10, 11, 12;
13, 14, 15;
16, 17, 18 e
19... 20...
21... 22...
23...
23...23...
BOOOOOOOOOOOOMMMMMM!
RRRRRRRRRSHHHHHHHH
RRRRRRRRRSHHHHHHHH...
Suturas na alma
Quando faço certo, dá errado
Quando faço errado, quase certo
Me cansei do dado viciado
Minha mente longe vendo perto
Preparei um drink pra esquecer
Preparei um drink pra lembrar
No final nem lembrei mais pra quê
Preparei um drink pra matar
A vontade da alma de ser corpo
Matando dois coelhos com uma cajadada
Só
Quando eu te procuro, você some
Quando você some, eu te procuro
Quando tem no prato você come
Quando não tem se esconde no escuro
Feito um animal quase treinado
Mas do qual sempre explode a essência
Eu me vejo quase do seu lado
E quase a mercê da experiência
Da vontade da alma de ser corpo
Matando dois coelhos com uma cajadada
Só
Quando faço errado, quase certo
Me cansei do dado viciado
Minha mente longe vendo perto
Preparei um drink pra esquecer
Preparei um drink pra lembrar
No final nem lembrei mais pra quê
Preparei um drink pra matar
A vontade da alma de ser corpo
Matando dois coelhos com uma cajadada
Só
Quando eu te procuro, você some
Quando você some, eu te procuro
Quando tem no prato você come
Quando não tem se esconde no escuro
Feito um animal quase treinado
Mas do qual sempre explode a essência
Eu me vejo quase do seu lado
E quase a mercê da experiência
Da vontade da alma de ser corpo
Matando dois coelhos com uma cajadada
Só
Acho que eu estou perdendo tempo
Imaginem dois seres cortados
Um tentando remendar o outro
Suturando culpas e lamentos
Tanta linha e tão pouco carinho
Confusão de agulhas tão gentis
Mas me descontrolo na sutura
Quando lembro de tudo que fiz
Na vontade do corpo ser alma
Matando dois coelhos na trepada
A sós
Vontade canalha da essência
De se agarrar nas reminiscências
Do amor.
Matando dois coelhos na trepada
A sós
Vontade canalha da essência
De se agarrar nas reminiscências
Do amor.
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Embaralhado
É um dia.
Cores que queimam, noites derretem
Como chocolate e saliva, novidade e sua corrosão.
Tanto tempo atrás de algo que imaginávamos eterno,
Mas se é eterno, por que correr atrás?
Mas esse medo que não passa,
Um quase que vem e trava
Tormento da morte lenta
A onda que me arrebenta
Mas não me leva (AINDA)
Tudo vai morrer
Como eu em seus olhos
Como quando a noite cai
E permanece, rija
Depois eufórica
E então lágrima
Logo após nada...
Outro dia.
Dores doem, fogo queima
O real nos assalta
Roubando as ilusões que forjamos
Pra aguentá-lo
Roubando o ódio que senti
Por tê-la amado
Tentando ficar
Sem perceber já estar
Do outro lado
Lado a lado
Embaralhado.
Cores que queimam, noites derretem
Como chocolate e saliva, novidade e sua corrosão.
Tanto tempo atrás de algo que imaginávamos eterno,
Mas se é eterno, por que correr atrás?
Mas esse medo que não passa,
Um quase que vem e trava
Tormento da morte lenta
A onda que me arrebenta
Mas não me leva (AINDA)
Tudo vai morrer
Como eu em seus olhos
Como quando a noite cai
E permanece, rija
Depois eufórica
E então lágrima
Logo após nada...
Outro dia.
Dores doem, fogo queima
O real nos assalta
Roubando as ilusões que forjamos
Pra aguentá-lo
Roubando o ódio que senti
Por tê-la amado
Tentando ficar
Sem perceber já estar
Do outro lado
Lado a lado
Embaralhado.
Assinar:
Postagens (Atom)