segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Esqueletos

Essa cidade é muito grande pra se estar sozinho
É um pecado da vida ser abandonado no próprio ninho
Esse quadro poluído de amores e carinhos bagunçados
Talvez se separássemos todas essas imagens lado a lado...

E essa saudade que parece o esqueleto de um prédio abandonado
Onde moraria os filhos do nosso amor
Jardins suspensos, prolíficos, germinando mais e mais sonhos
Diferente desse quarto em reboco no qual me escondo

Quando esbarrei em você na turba torpe
Senti o teu calor me estremecer
Que vontade de te adentrar
Com as doses de afago e potência perfeitas
Ilimitadas
Indescritíveis...
Mas desaparecestes em meio às vozes surdas
Frêmitos de bandeiras invisíveis
De países sem soberania
Que vontade, como eu queria
Acho que sonhei que a cidade pararia
No momento desse dia
Que eu te achei mas te perdi
Em meio aos meus escombros dessas ruas...

Essa cidade é muito pequena para ser ninho
De quem cuja mãe é a liberdade
De quem por essência cultiva o carinho
E por vontade procura a verdade.

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