quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Realidade da minha geração (gene)

Bebendo até não lembrar mais
Que só salivou hipocrisia
Rezar até se esquecer
Do deus pra quem rezou um dia
Amando assim, tão porcamente
Odiando só dentro da mente
Retalhando a sua vontade
Costurando-a preguiçosamente

Talvez lutando por algo
Talvez lutando por nada
Talvez bebendo o elixir
Ou somente água envenenada
Tentando se fazer real
Tentando engrandecer sua dor
Mas sendo apenas um bosta
Na frente de um computador

Voltando a ter quinze anos
Mas pior: com o corpo cansado
Ah, que tempos! Tão puros anos...
São puros só porque são passado.
Nem era tão puro assim
O passado é um deus no altar
Até quando enfim percebermos
Que a velhice a foice trará...

Amanhã eu completo a prova
Que eu já perdi no ontem que é hoje
E quem sabe eu dê uma sova
Em mim
Quem sabe o sentido da frase
Amanhã pareça melhor
E eu passe da fase da dó
Tão chinfrim
Assim.

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