quarta-feira, 14 de março de 2012

Um elogio à safadeza poética

Quando eu a vi,
Meu coração disparou.
Não vi pra que lado.
Provavelmente pra ela, mas ela nem percebeu,
E nem eu...
Como um raio partindo o céu imaculadamente alvo (alvo),
Ela apareceu num dia antissepticamente salvo,
E me sujou no ato da sua aparição.
E no meio da cidade ela me aparece,
Num evento que nem um alfaiate celestial tece,
Algo de estilo, algo de classe,
Algo de CARNE,
Algo de essencialmente intrigante,
Me aparece comprando uma ameixa no carrinho de frutas
Do centro da cidade.
"E por que uma deusa compraria uma fruta doce e suculenta"
-me pergunto-
"Se ela é a mãe de tudo, aliás dos prazeres
Da fruta suculenta?"
"Só pra mostrar que ela pode..." respondo...
E ela vai embora com a manga, ou a uva, ou a maçã
Com seu estiloclassecarne,
Me deixando engasgado a gritar mentalmente seu nome que eu nem sei
Com a vontade,
Muita vontade,
Imensa vontade,
Incomensurável vontade,
A essência da vontade de ser aquela fruta!
Ahhhhhhññññ...

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