Tudo espalhado pelo chão
Celulares e corações
Já não fazem mais ligações
Não ligam pra pedir perdão
Frio na barriga
Vomitando frustrações
Rezando pra que não aconteçam mais
Inevitáveis ações
Hoje começa o pior frio
Pois é morno
Aquele limítrofe vazio
Do quase morto
E mais uma vez o álcool não conservou
E darei mais um gole
Como aquele que nem amou
E ainda sim sofre
Ou de repente finge muito bem
Que não amou, ou sofre
E quando não importa mais nada
Só o gole
Hoje começa o inferno
E estou vivo
Um inferno no ar disperso
E assim mais vívido
quinta-feira, 26 de junho de 2014
terça-feira, 24 de junho de 2014
Casais nucleares
É uma tarde linda a que eu acho em seus olhos
É a conjunção perfeita entre pele e aura
É simples. Não é correto.
Simplesmente flui. Certeiro.
Certo em congruência com o coração,
Que levita sem peso no peito.
Mas aí vem o vendaval violento virulento
Lento como um gigante grotesco engolindo
O lindo laço que agora se lança num lamaçal
De lodo e dor
Raiva e torpor
Acusações sob medida
Moldadas ao nosso orgulho
E o algodão se vai
Num furacão de rádio surdo
Num quadro sub-conscientemente transcrito
De um livro de Descartes
Totalmente descartável...
A Guerra Exterminadora dos Zilhões de Mundos
Numa coçada de bunda
A extinção das Baleias Voadoras cor-de-carvão
Num olhar sorrateiro
Numa palavra maldita fudeu-se o mundo inteiro:
Casais nucleares...
É a conjunção perfeita entre pele e aura
É simples. Não é correto.
Simplesmente flui. Certeiro.
Certo em congruência com o coração,
Que levita sem peso no peito.
Mas aí vem o vendaval violento virulento
Lento como um gigante grotesco engolindo
O lindo laço que agora se lança num lamaçal
De lodo e dor
Raiva e torpor
Acusações sob medida
Moldadas ao nosso orgulho
E o algodão se vai
Num furacão de rádio surdo
Num quadro sub-conscientemente transcrito
De um livro de Descartes
Totalmente descartável...
A Guerra Exterminadora dos Zilhões de Mundos
Numa coçada de bunda
A extinção das Baleias Voadoras cor-de-carvão
Num olhar sorrateiro
Numa palavra maldita fudeu-se o mundo inteiro:
Casais nucleares...
quarta-feira, 11 de junho de 2014
Soneto de Medo e Coriscos
Medo que exaure as veias
Que de velho é putrefato
E que pelo mesmo fato
Arde em miasmas cinzas, feias
É uma liberdade refletida
Que, sendo assim, não é liberdade
Imagem grotesca de um surdo alarde
Num espelho que é só rascunhada a vida
Mas no coração os coriscos saltam
Em cada batida ancestral
Vencendo a morte também pura
Ciclo vivo que as mortes exaltam
Misturando o deus e o animal:
A morte da esperança que é cura.
Que de velho é putrefato
E que pelo mesmo fato
Arde em miasmas cinzas, feias
É uma liberdade refletida
Que, sendo assim, não é liberdade
Imagem grotesca de um surdo alarde
Num espelho que é só rascunhada a vida
Mas no coração os coriscos saltam
Em cada batida ancestral
Vencendo a morte também pura
Ciclo vivo que as mortes exaltam
Misturando o deus e o animal:
A morte da esperança que é cura.
quinta-feira, 5 de junho de 2014
Poesia Fluida
Tremo enquanto gozo
O gozo, santo e poço
O frio é quente e grosso
Como cuspe de ressaca
Eu não quero mais a veste
Que assassina a minha pele
Que não afaga, só reveste
E que coça bem de leve
Leve feito arma branca
Leve feito membro em falta
Essas amputadas mãos
Tateadoras da minha alma
É um cansaço que é alerta
Um cansaço que alerta
Pro motivo do cansaço
É um alerta pro cagaço
Que fez todo esse cansaço
Num cagaço sem porquê
Na repetição do medo
Na inconstância dos clichês
De ser sempre o mesmo sangue
De reter os mesmos versos
Só pra manter a pureza
Do que tornará-se inverso
Não importa o que e por quês...
Tremo enquanto gozo
É um alerta pro cagaço
Um alerta pro cansaço
Que constrói a minha revanche
Que reveste, coça e afaga
Imantada armadura
Que pela pureza da pele
Também torna-se tão pura
Como essência transferida
Misteriosa sinergia
Entre criador e criatura.
O gozo, santo e poço
O frio é quente e grosso
Como cuspe de ressaca
Eu não quero mais a veste
Que assassina a minha pele
Que não afaga, só reveste
E que coça bem de leve
Leve feito arma branca
Leve feito membro em falta
Essas amputadas mãos
Tateadoras da minha alma
É um cansaço que é alerta
Um cansaço que alerta
Pro motivo do cansaço
É um alerta pro cagaço
Que fez todo esse cansaço
Num cagaço sem porquê
Na repetição do medo
Na inconstância dos clichês
De ser sempre o mesmo sangue
De reter os mesmos versos
Só pra manter a pureza
Do que tornará-se inverso
Não importa o que e por quês...
Tremo enquanto gozo
É um alerta pro cagaço
Um alerta pro cansaço
Que constrói a minha revanche
Que reveste, coça e afaga
Imantada armadura
Que pela pureza da pele
Também torna-se tão pura
Como essência transferida
Misteriosa sinergia
Entre criador e criatura.
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