Medo que exaure as veias
Que de velho é putrefato
E que pelo mesmo fato
Arde em miasmas cinzas, feias
É uma liberdade refletida
Que, sendo assim, não é liberdade
Imagem grotesca de um surdo alarde
Num espelho que é só rascunhada a vida
Mas no coração os coriscos saltam
Em cada batida ancestral
Vencendo a morte também pura
Ciclo vivo que as mortes exaltam
Misturando o deus e o animal:
A morte da esperança que é cura.
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