...e enquanto o vento rói as ruínas
Descabelamos as palavras em nossas mãos
Querendo que o cachorro louco encontre o rabo
Nós que nem vemos o nada no vão
(Mas) vemos tudo (aliás)
Um poeta sempre vê em vão
Bem sabe Deus, essa força nula
Como o céu que me faz desabar em lágrimas...
E os poetas descrevem em aura-sangue
O tempo-tonelada
O Deus-caramelo
O sorriso-covinhas
Que é a cova da minha dor
Ou a dor da minha alcova
Apenas cave as covinhas
Com mãos suaves de uma súplica de Amor
E Perdão...
E que nos perdoem por sermos poetas vivos
E que aprendamos com os poetas mortos
Que espalharam suas almas nos livros
Como um eco de amor ressoa à porta
Da eterna
Memória.
...
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