Tem vezes que não dá certo.
Crianças abortadas
Corações partidos
Irmãos separados
Pais que morrem cedo
Guerra velada na paz
Morte de santos que no final tanto faz
Vontades desenfreadas na pista
Parcelados que vem à vista
Bocejos mil e o sono não vem
Noite multidão a manhã sem ninguém
E o sono vem mas o descanso nunca
Ronco profundo mas o pesadelo na nuca
Num arrepio acordado e elétrico
Num choque dormente e tétrico
Despertando pra falta de energia
Na mais brilhante ribalta
Me puseram pra baixo
Do tapete
Do olhar
E num instante me gritaram mas estava a me matar
E a vaidade fez meu sangue tão vermelho
Quanto Morte
Burra e em vão
Como que se sentindo decadente
Sem nunca ter estado no auge
Como a baixa autoestima
Escondida na vaidade
Arrependimento egoísta
Travestido de saudade...
Tem vezes que não dá certo
Pra que um dia dê
Preciso confiar nisso
Apesar de você.
quinta-feira, 27 de novembro de 2014
quarta-feira, 19 de novembro de 2014
Vícío na língua
Sinto o tempo até a tampa
Tampo o tempo e ele transborda
Tento tanto o tempo todo
E o tempo é a criança na borda
Da piscina turva e tão morna
Quanto o sangue da placenta
É tão cíclica essa morte
Quanto o norte que se inventa
Beije o amado e seu caixão
Sugue o céu do morto chão
Pise forte pise fundo
Nesse insensível segundo
Siga o rastro da ferida
E me veja do outro lado
Siga o segredo da vida
Beije o caixão tão amado
E se lembre: me esqueça
Sua cabeça é mais que isso
Quando a língua é só um vício
Não há poesia que mereça.
Tampo o tempo e ele transborda
Tento tanto o tempo todo
E o tempo é a criança na borda
Da piscina turva e tão morna
Quanto o sangue da placenta
É tão cíclica essa morte
Quanto o norte que se inventa
Beije o amado e seu caixão
Sugue o céu do morto chão
Pise forte pise fundo
Nesse insensível segundo
Siga o rastro da ferida
E me veja do outro lado
Siga o segredo da vida
Beije o caixão tão amado
E se lembre: me esqueça
Sua cabeça é mais que isso
Quando a língua é só um vício
Não há poesia que mereça.
quinta-feira, 6 de novembro de 2014
Estrangulando a esperança como um mendigo, enfie a rima
Estrangulando a esperança como um mendigo
Que só quis um "eu te amo"
Ou uma dose pra eterna reavaliação da sua vida já perdida
(Que dá no mesmo do "eu te amo")
Às vezes o espelho me assalta com um tiro
No meio dos olhos.
A catarse do passado me lembra mais um medo do futuro
Como um animal cego com medo do escuro
Corre pra se estatelar no muro...
Mas não se preocupe: o muro ganhou
E não há sequer um sinal mínimo de verdadeira revolução
Porque você quis palavras de ordem no muro
E você reclamou do muro
Vazio
Prontinho
Pra ser
Pichado
Como um animal cego no escuro você não viu o presente correndo com as correntes invisíveis sangrando Suas pernas invisíveis.
E se você queria uma poesia
Mais linda do que a vida
Enfia a rima no cú.
Que só quis um "eu te amo"
Ou uma dose pra eterna reavaliação da sua vida já perdida
(Que dá no mesmo do "eu te amo")
Às vezes o espelho me assalta com um tiro
No meio dos olhos.
A catarse do passado me lembra mais um medo do futuro
Como um animal cego com medo do escuro
Corre pra se estatelar no muro...
Mas não se preocupe: o muro ganhou
E não há sequer um sinal mínimo de verdadeira revolução
Porque você quis palavras de ordem no muro
E você reclamou do muro
Vazio
Prontinho
Pra ser
Pichado
Como um animal cego no escuro você não viu o presente correndo com as correntes invisíveis sangrando Suas pernas invisíveis.
E se você queria uma poesia
Mais linda do que a vida
Enfia a rima no cú.
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