Tem vezes que não dá certo.
Crianças abortadas
Corações partidos
Irmãos separados
Pais que morrem cedo
Guerra velada na paz
Morte de santos que no final tanto faz
Vontades desenfreadas na pista
Parcelados que vem à vista
Bocejos mil e o sono não vem
Noite multidão a manhã sem ninguém
E o sono vem mas o descanso nunca
Ronco profundo mas o pesadelo na nuca
Num arrepio acordado e elétrico
Num choque dormente e tétrico
Despertando pra falta de energia
Na mais brilhante ribalta
Me puseram pra baixo
Do tapete
Do olhar
E num instante me gritaram mas estava a me matar
E a vaidade fez meu sangue tão vermelho
Quanto Morte
Burra e em vão
Como que se sentindo decadente
Sem nunca ter estado no auge
Como a baixa autoestima
Escondida na vaidade
Arrependimento egoísta
Travestido de saudade...
Tem vezes que não dá certo
Pra que um dia dê
Preciso confiar nisso
Apesar de você.
Intenso e belo, doloroso também...
ResponderExcluir