quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

E espero...

Espero
E sangra a vida em outros olhares
E se constrói a vida em outros pares
E a mensagem na garrafa percorre outros mares

Espero
E a música perfeita passa zunindo
Atrás da porta o destino rindo
Percebe que o vejo mas estou fingindo

Espero
E o esmero com a toalha de mesa aumenta
À medida que cresce a maldita tormenta
Do idiota destruir tudo com molho de pimenta

Espero
Até ela quase dizer eu te amo
Mas num suspiro dizer em pesar "eu te chamo
Mas o ramo de flores que me destes ainda é só um ramo"

Espero até a dor fechar meus olhos
E a migalha de atenção reavivar meus poros
Pra no próximo segundo não respirarem mais
Espero até o navio me trocar pelo horizonte
Mas na minha mente em algum lugar ele se esconde
Me torturando apenas com o zunido que a onda faz
Espero até você chegar aqui
Apenas por não ter pra onde ir
Apenas pelo mundo se reduzir a me amar
Espero até o esmero transfigurar-se em desespero
Evitando o sonho que se tornará pesadelo
Espero o controle certeiro de algo que nem há.

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