É um sonho além do sonho
Uma cidade de sonhos realizados
O coração de concreto vigoroso
Materialização do nosso osso
Rijo mas não petrificado
Um mendigo mendigando por Amor
E num toque sem malícia oportunista
Simplesmente dou o que ele pediu
Não sei por que escutei ao invés de moeda, Amor...
É que tudo é permitido quando não se vai tão fundo
Como o que enfia fundo mas nunca na alma
Calma não é calma, é só o desespero fugaz
Que faz da calma só ausência de um tino
Pra enxergar a explosão
Do desespero rindo
No espelho borrado
Da lotação
É uma poesia fria e distante
A que tento aqui
Por terem me destreinado a demonstrar o Amor
Eu vejo apenas ódio e sangue
Numa terra onde ensinam a agir
Como se o prazer apagasse a íntima dor...
É você, é tudo por você
Quando me olha você me descarna
Quando te permito você se esquiva
Mas calma com o desespero que, ao anoitecer,
Ele é fugaz mas encarna
A todo momento nas luzes fugidias da esquina...
Tantas palavras só pra dizer
O quanto eu queria que você, balconista do mercado,
Soubesse que eu te amo!
O quanto o cobrador fez feliz meu dia
Quando respondeu o meu sorriso!
A cidade é linda nos seus olhos meus:
Nossos.
sexta-feira, 17 de abril de 2015
terça-feira, 14 de abril de 2015
Forca
Não se perca daquele sonho acordado
Naquele sonho acordado
Você se perde pra achar o acordo
Entre a corda que segue
E a corda que enforca
O torniquete é uma forca que salva
E algumas pessoas são cordas perfeitas
Pra precipícios
O princípio da corda no final do precipício,
A forca perfeita:
A forca eterna
A fogo da forca-inferno
Que não queima a corda
E discorda o pescoço
Do laço.
Naquele sonho acordado
Você se perde pra achar o acordo
Entre a corda que segue
E a corda que enforca
O torniquete é uma forca que salva
E algumas pessoas são cordas perfeitas
Pra precipícios
O princípio da corda no final do precipício,
A forca perfeita:
A forca eterna
A fogo da forca-inferno
Que não queima a corda
E discorda o pescoço
Do laço.
quarta-feira, 8 de abril de 2015
Grotesco (pelo Amor de Devin)
Não tenho mais medo de você
Ou da Musa que vai me abortar mais tarde
Vejo a dor vermelha descer
Menstruação de uma Eva que agora invade
Meu paraíso estraçalhado pela traça
Real e cínica da paixão-labirinto
Cadê a Deusa na alcova amarrada?
Cadê a diaba no limbo lindo rindo?
Todas misturadas nos ventrículos
No esquerdo e no direito os dois canhotos
Pois sou destro e o destro não mais adestro
Não tenho mais medo dos meus óculos
Vendo o passado feliz porém roto
Arroto de uma cor que ainda enxergo.
Ou da Musa que vai me abortar mais tarde
Vejo a dor vermelha descer
Menstruação de uma Eva que agora invade
Meu paraíso estraçalhado pela traça
Real e cínica da paixão-labirinto
Cadê a Deusa na alcova amarrada?
Cadê a diaba no limbo lindo rindo?
Todas misturadas nos ventrículos
No esquerdo e no direito os dois canhotos
Pois sou destro e o destro não mais adestro
Não tenho mais medo dos meus óculos
Vendo o passado feliz porém roto
Arroto de uma cor que ainda enxergo.
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