terça-feira, 5 de maio de 2015

Calabolso

Às vezes minha alma se perde nesse calabouço
Que levo no bolso
Como um patuá maligno
Me protegendo do céu.
E ela ressoa em gritos fantasmagóricos
Amplificando sua essência penada
Penas pra que te quero
Alimentando meu precipipesco ego
Principesco eco (eco!) materializado nas
Grades-cetro
Luxo de lixo pra mais de metro
Quilômetros de um reino de Dor
Eu súdito de mim mesmo
Nós súditos dos nós surdos que avisaram os cegos por sinais...
Que eu morra logo de uma vez
Pra que não mais sofra
Com os outros que me amplificam
Dentro de mim:
Ecos do calabouço.

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