quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Monalisa ao acaso

Sem referências literárias:
É A MINHA VIDA.
Agora você vai ler
A Poesia mais melosa,
Trágica,
Epopeica,
Com palavras que nem sei ao certo o que dizem
Mas sinto
No fundo da minha alma torturada,
Desgraçada,
Pungente,
Fantasmagórica,
Lancinantemente, retumbantemente
Mentirosa.
É a dor dos culpados,
Dos mimados pela vida que pelo simples fato da maçã e da serpente
Resolveram enfiar entranha abaixo as duas
Sem dó pelos três.
Eu sempre senti a solidão nos seus olhos
Não nos cantos, não na cor incerta que resplandecia a sua Alma
Mas porque estava nos meus.
Então que Deus desça agora
E me diga sobre a glória do tentar
Sabendo que a Morte nos habita
Sabendo que, entre um copo e outro,
Ela ri em gotículas ácidas
Em 1% desses rios plácidos e reluzentes do nosso Amor
Agora merecido em final de frase, Amor
Como o epitáfio da morte de Deus.
Te impus o drama pra nele tentar reavivar a essência da faísca bombasticamente solar da Paixão
E o que restou foi o Fiuk apresentando o Rock in Rio...
E se ríssemos da desgraça?
E se matássemos a criança já morta na imunda praça?
Mas não seria certo viver todo esse fogaréu
Venerando uma ínfima fumaça...
É isso, o precipício é melhor que essa cova rasa
Meu Amor,
Meu Amor Único.
Siga em frente, meu Amor
E encontre seu próximo no espelho
Sigo com os grilhões invisíveis do meu cérebro
Rezando pra que eles sumam de uma vez
E se sou fraco, não me julguem:
Me reconheçam.
Sou uma peça do quebra-cabeça que não se encaixa
Sendo o quebra-cabeça em si
Tenho poucas histórias, mas pelo menos me atrevo a contá-las
Ah, mas que caralho, não sou muito,
Mas sou!
Não sou múmia,
Sou soul!
E eu quero vários prêmios
Mas não tenho dinheiro e muito menos estômago
Pra comprá-los
E perdão por eu não ser corrupto pra pleitear a minha glória
Mas é que nisso não existe glória alguma
E quero ser um erro que fatalmente se alinha ao perfeito
Por força do Acaso
Quero ser a Monalisa ao acaso,
Pinceladas movidas por uma intuição fantástica
Como aquele artesanato barato de canto de sala
Que esconde o rastro do Impalpável
E quem sintonizar essa TV
Vai respirar o ar no fora do ar...
E que toda Poesia tenha seu fim merecido:
N
E
N
H
U
M




quinta-feira, 17 de setembro de 2015

frágil remendo

Eu sou uma criança
Tentando ser um homem sem caráter
Tentando ser músculos
Que faltam o mais importante:
O CORAÇÃO.
Eu choro por dentro como um bebê abandonado
Gritando aos céus por um Deus
Que ele conhece desconhecendo
Assim como ele mesmo
Se conhece
Desconhecendo...
Me perdoa Amor
Por pedir tanto perdão
Mas é que tal qual uma criança
Eu preciso da atenção
Que o homem sem caráter transformou
Em dinheiro
Com esse olhar de segundo que quer chegar em primeiro
Com esse super bem disfarçado desespero
Que sempre desaba dentro
Desde que a criança foi embora
E levou consigo
O remendo.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

O Tempo e a Morte

Não levante na manhã
Arme um levante
Contra o amanhã
Que o sol nascente implora por bombas
Que seja o seu reflexo
Seja a porra do sexo
Que explode alegrias eternas
Hoje você vai parar em Viena
E em Bangladesh
Ao mesmo tempo
Ser adubo e cimento
Ao mesmo tempo
Corte mortal e remendo
Ao mesmo tempo
O Tempo e a Morte
Ao mesmo tempo