Sem referências literárias:
É A MINHA VIDA.
Agora você vai ler
A Poesia mais melosa,
Trágica,
Epopeica,
Com palavras que nem sei ao certo o que dizem
Mas sinto
No fundo da minha alma torturada,
Desgraçada,
Pungente,
Fantasmagórica,
Lancinantemente, retumbantemente
Mentirosa.
É a dor dos culpados,
Dos mimados pela vida que pelo simples fato da maçã e da serpente
Resolveram enfiar entranha abaixo as duas
Sem dó pelos três.
Eu sempre senti a solidão nos seus olhos
Não nos cantos, não na cor incerta que resplandecia a sua Alma
Mas porque estava nos meus.
Então que Deus desça agora
E me diga sobre a glória do tentar
Sabendo que a Morte nos habita
Sabendo que, entre um copo e outro,
Ela ri em gotículas ácidas
Em 1% desses rios plácidos e reluzentes do nosso Amor
Agora merecido em final de frase, Amor
Como o epitáfio da morte de Deus.
Te impus o drama pra nele tentar reavivar a essência da faísca bombasticamente solar da Paixão
E o que restou foi o Fiuk apresentando o Rock in Rio...
E se ríssemos da desgraça?
E se matássemos a criança já morta na imunda praça?
Mas não seria certo viver todo esse fogaréu
Venerando uma ínfima fumaça...
É isso, o precipício é melhor que essa cova rasa
Meu Amor,
Meu Amor Único.
Siga em frente, meu Amor
E encontre seu próximo no espelho
Sigo com os grilhões invisíveis do meu cérebro
Rezando pra que eles sumam de uma vez
E se sou fraco, não me julguem:
Me reconheçam.
Sou uma peça do quebra-cabeça que não se encaixa
Sendo o quebra-cabeça em si
Tenho poucas histórias, mas pelo menos me atrevo a contá-las
Ah, mas que caralho, não sou muito,
Mas sou!
Não sou múmia,
Sou soul!
E eu quero vários prêmios
Mas não tenho dinheiro e muito menos estômago
Pra comprá-los
E perdão por eu não ser corrupto pra pleitear a minha glória
Mas é que nisso não existe glória alguma
E quero ser um erro que fatalmente se alinha ao perfeito
Por força do Acaso
Quero ser a Monalisa ao acaso,
Pinceladas movidas por uma intuição fantástica
Como aquele artesanato barato de canto de sala
Que esconde o rastro do Impalpável
E quem sintonizar essa TV
Vai respirar o ar no fora do ar...
E que toda Poesia tenha seu fim merecido:
N
E
N
H
U
M
Nenhum comentário:
Postar um comentário