Segue seco o deserto
Céu manchado de nuvens
Tudo longe de perto
Certo é o erro de botas
Só um momento de queda...
O buraco não é fundo
Deixa eu usar aquarela
Pra pintar um quadro imundo
Não quero que veja o lodo
O roto lado escarcéu
Mas não suporto essa felicidade
De arco-íris no céu
Meu arco-íris tá em preto-e-branco
Circo de Solé só a sola
Tento trepar com a felicidade
Porém a carapuça esfola
Dias difíceis que pingam tão lentos
Quanto a vontade de ser
Ser nesses dias que pingam tão lentos
É um convite a matar e morrer
Certo é o erro de botas
Lindo arco-íris no céu
Nem pra eu ter um caralho de asa
Pra comer a íris de mel.
E segue seco o deserto...
terça-feira, 26 de janeiro de 2016
sexta-feira, 22 de janeiro de 2016
Crateúsbyte (a modernidade do jumento)
Eu queria que o nosso Amor
Tivesse o êxtase de 1 yottabyte de emoções
Mas meu coração
É uma carroça guiada por um jumento
Nos interior de Crateús
Tivesse o êxtase de 1 yottabyte de emoções
Mas meu coração
É uma carroça guiada por um jumento
Nos interior de Crateús
quinta-feira, 21 de janeiro de 2016
Solidão/Revolução
Extraia o máximo da solidão
Extraia o máximo da Vida
Inverta a palavra e se reconheça nela, afinal
Ela contém todos nomes,
Inclusive o seu.
Quando ela vier,
Ornamentarei-a não com minha pele ávida pelo depois,
Mas com minhas lindas cicatrizes suturadas com esperança.
Nada é difícil. Se lembra quando
Extasiado pela manhã
Apaixonado pelo espelho
Seu Amor te acalentando ao peito
A poesia que fluiu como alma ao Nada
Apenas feliz por ser alma?
Aja mesmo que engessado
Ria mesmo que arriado
Algumas pessoas correm para o nada como maratonista de primeira
E ator de última
Quem se esforça não tem tempo pra atuar
Quem está na forca não respira pra sofrer
Respira pra gritar
E grita, mesmo que em espasmos cardíacos
E se reconhece no suor frio
E se permite suar...
Extraia si mesmo da solidão
E descubra que parado se cria
Tanto a inércia
Quanto a revolução.
Extraia o máximo da Vida
Inverta a palavra e se reconheça nela, afinal
Ela contém todos nomes,
Inclusive o seu.
Quando ela vier,
Ornamentarei-a não com minha pele ávida pelo depois,
Mas com minhas lindas cicatrizes suturadas com esperança.
Nada é difícil. Se lembra quando
Extasiado pela manhã
Apaixonado pelo espelho
Seu Amor te acalentando ao peito
A poesia que fluiu como alma ao Nada
Apenas feliz por ser alma?
Aja mesmo que engessado
Ria mesmo que arriado
Algumas pessoas correm para o nada como maratonista de primeira
E ator de última
Quem se esforça não tem tempo pra atuar
Quem está na forca não respira pra sofrer
Respira pra gritar
E grita, mesmo que em espasmos cardíacos
E se reconhece no suor frio
E se permite suar...
Extraia si mesmo da solidão
E descubra que parado se cria
Tanto a inércia
Quanto a revolução.
domingo, 17 de janeiro de 2016
Gozo azul
Soquei o segredo
Sangrando a parede
Chutei a verdade xoxa
Sangrei na verdade
Socando a parede
Secando sua verve rouca
Bati pra cuíca
Com muito cuidado
Pra não ofender o samba
Mas a siririca
Que foi prometida
Foi fama sem deitar na cama
Então verti o gozo
Na sua boca
Como quem põe palavras
Na sua alma
Sequei o açude
Da escravidão
A água era só unguento
Só pra perfumar
A perfuração
Do estado que mata o nordeste
De leste a oeste
De norte a sul
Estão matando o céu azul
E o negro da peste
E os miasmas baços
Pincelados de lindo azul
Então verti o gozo
Na sua boca
Como quem põe palavras
Na sua alma
E
me
es
que
ci
Do gozo que mata
E
vo
cê
gos
tou
Do gozo que salva
É a selva inteira na minha saliva
Batom de sangue na minha camisa
E o gozo azul reconhece o céu
E no paraíso aparece o mel...
Sangrando a parede
Chutei a verdade xoxa
Sangrei na verdade
Socando a parede
Secando sua verve rouca
Bati pra cuíca
Com muito cuidado
Pra não ofender o samba
Mas a siririca
Que foi prometida
Foi fama sem deitar na cama
Então verti o gozo
Na sua boca
Como quem põe palavras
Na sua alma
Sequei o açude
Da escravidão
A água era só unguento
Só pra perfumar
A perfuração
Do estado que mata o nordeste
De leste a oeste
De norte a sul
Estão matando o céu azul
E o negro da peste
E os miasmas baços
Pincelados de lindo azul
Então verti o gozo
Na sua boca
Como quem põe palavras
Na sua alma
E
me
es
que
ci
Do gozo que mata
E
vo
cê
gos
tou
Do gozo que salva
É a selva inteira na minha saliva
Batom de sangue na minha camisa
E o gozo azul reconhece o céu
E no paraíso aparece o mel...
terça-feira, 5 de janeiro de 2016
Nós loucos
A janela vira um quadro
Impenetrável
Bidimensional
E as lembranças viram rastros
De algo semimorto
Longínquo
Queremos gritar
Mas não mereço
Não mereces
Mereço as cordas vocais
Mas não gritar:
O sofrimento de se ter
E não conseguir usar.
Pra alguns é mais fácil
Pra nós não
Mas se temos a noção do nó
Que desatemos a salvação
E as lembranças virarão rastros
Que levarão a tudo que amamos
E a janela virará um quadro
Que nós mesmos pintamos.
Impenetrável
Bidimensional
E as lembranças viram rastros
De algo semimorto
Longínquo
Queremos gritar
Mas não mereço
Não mereces
Mereço as cordas vocais
Mas não gritar:
O sofrimento de se ter
E não conseguir usar.
Pra alguns é mais fácil
Pra nós não
Mas se temos a noção do nó
Que desatemos a salvação
E as lembranças virarão rastros
Que levarão a tudo que amamos
E a janela virará um quadro
Que nós mesmos pintamos.
Poesia de Ano Novo 2
A névoa se esvai na última tentação errônea da carne
E o pulso uiva na perseguição de um glóbulo a outro
Tão vermelho quanto o magma
Borbulhando calmo
O lixo é posto pra fora e o resto das bebidas já bebemos
Também já pusemos pra fora o que comemos
E os fogos pulverizados já são lembranças do ano que vem
A catarse veio
Depois o machucado feio
O verso miraculoso depois o soco tosco
E agora a névoa...
Eu quero conquistar o perdão através das atitudes
Não quero um riacho pronto, quero cavar o açude
Como bom filho de nordestino que sou
Quero as manhãs leves mas urgentes
Quero o melhor de mim, de você e da gente
Quero a doce fúria que emana do Amor
Que o meu coração pesado valha o quanto pesa
Pois se pesa a mágoa sei que ainda Amor resta
E se há centelha há esperança
Dance minha paixão que o melhor virá nesses dias
Onde menos procuramos aparece a alegria
De um espasmo virá a mais linda Dança.
E o pulso uiva na perseguição de um glóbulo a outro
Tão vermelho quanto o magma
Borbulhando calmo
O lixo é posto pra fora e o resto das bebidas já bebemos
Também já pusemos pra fora o que comemos
E os fogos pulverizados já são lembranças do ano que vem
A catarse veio
Depois o machucado feio
O verso miraculoso depois o soco tosco
E agora a névoa...
Eu quero conquistar o perdão através das atitudes
Não quero um riacho pronto, quero cavar o açude
Como bom filho de nordestino que sou
Quero as manhãs leves mas urgentes
Quero o melhor de mim, de você e da gente
Quero a doce fúria que emana do Amor
Que o meu coração pesado valha o quanto pesa
Pois se pesa a mágoa sei que ainda Amor resta
E se há centelha há esperança
Dance minha paixão que o melhor virá nesses dias
Onde menos procuramos aparece a alegria
De um espasmo virá a mais linda Dança.
sexta-feira, 1 de janeiro de 2016
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