terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Poesia de Ano Novo 2

A névoa se esvai na última tentação errônea da carne
E o pulso uiva na perseguição de um glóbulo a outro
Tão vermelho quanto o magma
Borbulhando calmo

O lixo é posto pra fora e o resto das bebidas já bebemos
Também já pusemos pra fora o que comemos
E os fogos pulverizados já são lembranças do ano que vem
A catarse veio
Depois o machucado feio
O verso miraculoso depois o soco tosco
E agora a névoa...

Eu quero conquistar o perdão através das atitudes
Não quero um riacho pronto, quero cavar o açude
Como bom filho de nordestino que sou
Quero as manhãs leves mas urgentes
Quero o melhor de mim, de você e da gente
Quero a doce fúria que emana do Amor
Que o meu coração pesado valha o quanto pesa
Pois se pesa a mágoa sei que ainda Amor resta
E se há centelha há esperança
Dance minha paixão que o melhor virá nesses dias
Onde menos procuramos aparece a alegria
De um espasmo virá a mais linda Dança.


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