Vejo nos seus olhos a dor do nada
Nada em mim nesse mar de esperanças
Danço com um vulto que não se cansa
Eterno vulto que a morte no eterno afaga
Não quero mais pertencer a lugar nenhum
Sou meu porto e meu navio
Porém o mar é Deus e a fé é por um fio
Deus é o mar posto em lírios
Ou mar, cais, nau e martírios
Tudo em um?
Muitas palavras
Que o sexo por ora cala
Mas quarto, sexo. Alma, sala
Não pertenço mais a essa casa
Agora nado no meu próprio Nada
Buscando a perfeição que no Ar se lavra.
quinta-feira, 22 de setembro de 2016
Pseudointelectual
Pseudointelectual é meu pau de óculos
Que é todo metido e nem vê onde se mete
Que nem sabe o jônico e quer saber do dórico
Quer sentar na janela sem nem ter pago o frete
O Festival de Cinema é uma cena sem fim
Carmim sanguíneo extraído do bojo armistício
De um protagonista afrodescendente
De um recôndito ceilandense
Que outrora vi em sua esquálida fome de aquiescência moral
Que nunca verei mais gordo
Vou calar minha boca magra
Pra ver se engordo minhas palavras.
Que é todo metido e nem vê onde se mete
Que nem sabe o jônico e quer saber do dórico
Quer sentar na janela sem nem ter pago o frete
O Festival de Cinema é uma cena sem fim
Carmim sanguíneo extraído do bojo armistício
De um protagonista afrodescendente
De um recôndito ceilandense
Que outrora vi em sua esquálida fome de aquiescência moral
Que nunca verei mais gordo
Vou calar minha boca magra
Pra ver se engordo minhas palavras.
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