quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Pertencer

Vejo nos seus olhos a dor do nada
Nada em mim nesse mar de esperanças
Danço com um vulto que não se cansa
Eterno vulto que a morte no eterno afaga

Não quero mais pertencer a lugar nenhum
Sou meu porto e meu navio
Porém o mar é Deus e a fé é por um fio
Deus é o mar posto em lírios
Ou mar, cais, nau e martírios
Tudo em um?

Muitas palavras
Que o sexo por ora cala
Mas quarto, sexo. Alma, sala

Não pertenço mais a essa casa
Agora nado no meu próprio Nada
Buscando a perfeição que no Ar se lavra.



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