Preciso fugir dessas mãos em meu rosto
Que procuram tocar a máscara verdadeira.
Só serviria lamber aquele vívido lodo
Do córrego agora onírico da minha infância primeira
Só serve por ora sorver o sangue alcoólico da cobra
Pra conseguir chegar àquela essência perdida.
Meu tio morto e as lembranças de meu pai, agora sobras,
Enfraquecem o sangue até para brotar da ferida...
Mas a força do olhar que vejo no espelho
Não nega o sangue nordestino que centelha
Na essência da luta, pau-de-arara no pé
Mistura de donde vens, de quem vens e quem és:
Seria essa a máscara perfeita
Que nos ludibria sobre a real inexistência da fé?
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