sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Infindo fardo

Desconfiado da segurança eterna
Que é tão terna, mas não dura tanto
Como um soluço antes do pranto
Presente que nunca se entrega

Uma muda vil de árvore bela
Sentinela assassina dos palácios
Veneno lindo, odor tão táctil
Que emana dessas lindas pernas

Encaixe esse quebra-cabeça
Peças raras, talvez mereça
A honra linda dessas guerras

O abraço e pele e seios fartos
Dessas esquinas que são quartos
Inteiros que a serra encerra:
Terra: gozo infindo de fardos...

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