Eu vi a Linda Morte dissolvendo as cores do agora que se foi
Faz-se um odor estranho
Não fede nem cheira, perfume inodoro
Mas Doloroso
Gozo de chôro.
A Inspiração é um Deus estranho
Desmantelou-me caminhando
Na Arniqueira às 11 da manhã de uma terça
Numa rua de lugar nenhum, a frase perfeita dita em segredo de Deus pro Demônio.
A desconstrução do Rosa na Rosa
O pulo do gato do despertencimento pro repertencimento
Num emaranhado da Matrix:
A Inspiração é o Gato da Matrix
Mas não há Matrix, são dez minutos numa manhã numa rua em direção a nada.
Momento perfeito em que a oportunidade de esquecermos
É tão sedutoramente saliva de sexo
Que as glândulas não param,
Tudo seca menos as glândulas,
!QUE O MUNDO SEQUE E O SEU MOLHO MOLHE MEU INTUMESCIDO PAU DE DAR EM AMOR DOIDO!
É um absorto vívido
Câmera-lenta afoita
Como uma boa metida.
Absurdamente insípido
Nem caga nem sai da moita
Mítica da quase vida...
Mas quando saímos
Caímos no abismo fantasmagoricamente sucubus-incubus
Do gozo do chôro.
Quase acreditei que ela tinha voltado
Sendo que ela nem foi embora...
Eu senti a Linda Morte ao norte das cores
Fortes, agora doces. Cheiros, agora Sorte
Completo Gozo de Chôro.