terça-feira, 24 de novembro de 2020

Gozo de Chôro

Eu vi a Linda Morte dissolvendo as cores do agora que se foi

Faz-se um odor estranho

Não fede nem cheira, perfume inodoro

Mas Doloroso

Gozo de chôro.

A Inspiração é um Deus estranho

Desmantelou-me caminhando

Na Arniqueira às 11 da manhã de uma terça

Numa rua de lugar nenhum, a frase perfeita dita em segredo de Deus pro Demônio.

A desconstrução do Rosa na Rosa

O pulo do gato do despertencimento pro repertencimento

Num emaranhado da Matrix:

A Inspiração é o Gato da Matrix

Mas não há Matrix, são dez minutos numa manhã numa rua em direção a nada.

Momento perfeito em que a oportunidade de esquecermos

É tão sedutoramente saliva de sexo

Que as glândulas não param,

Tudo seca menos as glândulas,

!QUE O MUNDO SEQUE E O SEU MOLHO MOLHE MEU INTUMESCIDO PAU DE DAR EM AMOR DOIDO!

É um absorto vívido

Câmera-lenta afoita

Como uma boa metida.

Absurdamente insípido

Nem caga nem sai da moita

Mítica da quase vida...

Mas quando saímos

Caímos no abismo fantasmagoricamente sucubus-incubus

Do gozo do chôro.

Quase acreditei que ela tinha voltado

Sendo que ela nem foi embora...

Eu senti a Linda Morte ao norte das cores

Fortes, agora doces. Cheiros, agora Sorte

Completo Gozo de Chôro.

   


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