É uma linha em branco
Que aponta pra estrada pro inferno
Inferno quente e agradável
Antes de queimar
Mas aí queima e quando queima
É a morte rondando o corpo pútrido
É o cuspe na mandioca e um HD de um zilhão
È o prazer moderno e o primal rústico
É a repetência sem recuperação
É bom pra cacete, mas depois enoja
Se você quer mais é praticamente uma loja
Mais prazer, mais cerveja e mais vômito
Mais caganeira, mais noites sem sono
Mais palavras, milhões delas
Jogadas pela janela
A boca é a janela do quarto de hotel
De um rockstar puto
Foi tudo pela janela: cuspe, fogo, TV
As piores coisas do mundo e o amor
Ah, o amor... A cada momento que passa
Preencho a linha em branco
E mato mais um pouco o amor
Cada palavra menos amor pra mim
De mim pra folha
As folhas das linhas em branco
Poesias tóxicas...
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