sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Ainda presente

Queria saber quando essa vergonha
E essa vontade de revanche vai passar
No cérebro as lembranças medonhas
Insistem em não quererem cessam

No meio de um verso de amor
A tinta se transforma em sangue
Caneta é faca e o escritor
É a vítima fácil, exangue

Como num suicídio.

A revanche tinha que ser contra o relógio
Mas sendo o tempo abstrato, e nós
A sua personificação, me elejo o lógico
Alvo da minha vingança tão atroz

Talvez seja o meu superego culpado
Mas como um animal não deveria ter deixado
Pois o ID de um animal prefere a sobrevivência
Ao prazer, mas o ser humano comete antinaturais
Demências

Como um suicídio.


Valéria Dusaki

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