A criança no comercial
De uma empresa pós-neo liberal
Que escraviza crianças como ela:
Talvez seja como acender uma vela
Que os empresários-crionças acendem
Pros telespectadores acreditarem
Que tudo aquilo que aqueles vendem
Tem a pureza das crianças que nascem
Sem ser na FEBEM
Sem ser ao além
A leis de ninguém
Só do carpe diem
Quando apaga-se a luz e fica tudo um breu
Breu de não saber às vezes quem sou eu
Ergueu-se um muro de torpor escuro
Simples: sem presente, passado ou futuro
Mas de repente as pupilas se abrem
Sombra e luz se revelam em alguns segundos
Vem a pureza das crianças que nascem
Como esperança vindo ao mundo e pro mundo.
Valéria Dusaki
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