Rostos estranhos
Vidas mortas
Portas abertas
Porém fechadas mesmas portas
Blusas de couro de cobra
E guarda-chuvas de sobra
Frio na pele e no olhar
Nas pernas e no caminhar
Olhares olhando o nada
Dentro do tudo das lembranças
Dos pés à cabeça encharcada
De chuva e dança de crianças
Favela alagada
Favela de sonhos
No meio do escombro
Uma rosa intacta
Esquinas erradas e a certa
É sempre na próxima esquina
De mini-saia a menina
O frio esquenta suas pernas?
Horizonte de prédios enevoados
Névoa de horizontes prediais
Sensações de frios infantis
Que sempre voltam nunca mais
Arrepio de uma brisa gélida, cortante
De um dia de sol.
Valéria Dusaki
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