Eu quero que a labareda me consuma
Venha, me devaste e suma
Pois enquanto há vida há a centelha
Pura, nanométrica e vasta, pentelha
Pentelhando a pélvis da alma
Pentelhando a inércia da calma
Desconstruindo e reconstruindo as faunas
Dos milhões de bichos a se soltar
Não sou eu que solto, eles se revoltam
Não é minha culpa a tétrica revolta
É a vida se masturbando pra negar sua essência de dor
É a guerra das essências
O riso eterno escondido na maledicência
Vamos, não se deixe enganar
Pela falta de potência
Logo você tão potente em falhar
Usando todos os músculos a bradar seus erros aos quatro ventos
Se cortando pra sentir a força nos remendos
Logo você, tão útil quando se fala em inutilidade
Inverta os vértices
Contamine os clérigos
Em favor da santidade...
Que o futuro se instale em mim
Como o presente que devasta e some!
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