É um vazio
Que vem à noite
Depois do amor
Depois do açoite
Não importa
É um vazio
Clariceano
O eterno agora
Em vários anos
Atrás da porta
Que quase abre
Porém a porta
É a própria chave
É um vazio
Perceba isso
Que o seu passo
É o precipício
Escolha a estrada
E o precipício
Pra cada vida
O seu vazio
Vazida
Vidazio
terça-feira, 27 de maio de 2014
quinta-feira, 22 de maio de 2014
O Caos e a Flor
A verdade está escondida no rosto
Nesse olhar que me promete força
No ditador que arrefece o gosto
Da forca
E nos discursos apaixonados
O sangue a garganta prevê
O beijo que soa metálico
No "Eu te amo" que ainda quer ser
Por um fio eu farejo a fôrma
Mas sempre algo passa do ponto
E sempre pro espelho em cada conto
Aumento um ponto
Quero acreditar na sua vinda
Eu belo, tu, mais linda ainda
Eu quero a completa acepção
Do querer
Então que emerja da gente mais gente
Quebremos os nós de nós mesmos
Que desatemos um ao outro
Salvando os remendos
Que os nossos medos lá atrás
Nos acompanhe sempre jamais
Sempre só para lembrarmos
De esquecer
O que nos cala e destrói
A potência pra sermos heróis
Desculpas que inventam por medo
De sofrer
E as desculpas pra não acreditar
Que do caos também surge o amar
Que as flores o concreto a beijar
Abençoam eu e você.
Nesse olhar que me promete força
No ditador que arrefece o gosto
Da forca
E nos discursos apaixonados
O sangue a garganta prevê
O beijo que soa metálico
No "Eu te amo" que ainda quer ser
Por um fio eu farejo a fôrma
Mas sempre algo passa do ponto
E sempre pro espelho em cada conto
Aumento um ponto
Quero acreditar na sua vinda
Eu belo, tu, mais linda ainda
Eu quero a completa acepção
Do querer
Então que emerja da gente mais gente
Quebremos os nós de nós mesmos
Que desatemos um ao outro
Salvando os remendos
Que os nossos medos lá atrás
Nos acompanhe sempre jamais
Sempre só para lembrarmos
De esquecer
O que nos cala e destrói
A potência pra sermos heróis
Desculpas que inventam por medo
De sofrer
E as desculpas pra não acreditar
Que do caos também surge o amar
Que as flores o concreto a beijar
Abençoam eu e você.
quarta-feira, 21 de maio de 2014
Deserto Soul
Árido
Cuspe grosso que rasga a garganta seca
Um implorar surdo numa imagem absurda
Imagem gritante
Me sinto devastado
Pelas milhões de tentativas
De sacralizar o gozo
O gozo sacralizado é o gozo pervertido:
O gozo é feito pra ser mundano
O contraponto Demoníaco
E por isso integrante
Da epifania Divina
Cuspe grosso que rasga a garganta seca
Um implorar surdo numa imagem absurda
Imagem gritante
Me sinto devastado
Pelas milhões de tentativas
De sacralizar o gozo
O gozo sacralizado é o gozo pervertido:
O gozo é feito pra ser mundano
O contraponto Demoníaco
E por isso integrante
Da epifania Divina
quarta-feira, 14 de maio de 2014
Tempo de cansaço
...é que naquele tempo a luz era cadavérica
mas cadáver de bebê
Quando os ossos ainda carregam
Na alvura reluzente
A vontade de viver
Se não cresceu, catástrofe
Mas pelo menos a potência se manteve:
Faleceu no sonho...
Não, não quero falar daquela tristeza
Que é essa que me dilacera no quase-tocar
Das manhãs nubladas iguais à noite
Nem do fim do nosso Tempo
Quando as feridas não pegavam mais remendo
Puídas pela mágoa e a desesperança
Tá, é bem certo que só não me matei por masoquismo
É bem certo que não te matei por cinismo
Pois você implorou com olhos de águia enferma
Que impedida de voar não tinha mais sentido
Tentei engolir de volta o coração que você me devolveu
Mas pra quê se ele era seu?
Sem uso pra mim e pra mais ninguém
Réquiem prum corpo naufragado
Cenotáfio mesquinho e abandonado...
Não quero falar daquela tristeza
Dos anarquistas desiludidos
Dos sonhos destroçados pela fatalidade
À época que ousamos desafiar a Bomba
Apenas com o olhar invencível...
Que perdure a essência da inocência
Mesmo que envolta nas mortalhas
Amareladas e gastas da decadência.
mas cadáver de bebê
Quando os ossos ainda carregam
Na alvura reluzente
A vontade de viver
Se não cresceu, catástrofe
Mas pelo menos a potência se manteve:
Faleceu no sonho...
Não, não quero falar daquela tristeza
Que é essa que me dilacera no quase-tocar
Das manhãs nubladas iguais à noite
Nem do fim do nosso Tempo
Quando as feridas não pegavam mais remendo
Puídas pela mágoa e a desesperança
Tá, é bem certo que só não me matei por masoquismo
É bem certo que não te matei por cinismo
Pois você implorou com olhos de águia enferma
Que impedida de voar não tinha mais sentido
Tentei engolir de volta o coração que você me devolveu
Mas pra quê se ele era seu?
Sem uso pra mim e pra mais ninguém
Réquiem prum corpo naufragado
Cenotáfio mesquinho e abandonado...
Não quero falar daquela tristeza
Dos anarquistas desiludidos
Dos sonhos destroçados pela fatalidade
À época que ousamos desafiar a Bomba
Apenas com o olhar invencível...
Que perdure a essência da inocência
Mesmo que envolta nas mortalhas
Amareladas e gastas da decadência.
quinta-feira, 8 de maio de 2014
Duo-uno (molhados)
Emerge das mãos a sensualidade feminina
Imergem as notas agudas no excitado ouvido
E a língua passeia nos cumes e reentrâncias
Preparando com afinco e sutileza em cada instância
Língua molhada em orifícios molhados
Suor que nos dissolve pra virarmos duo-uno
Seu toque mais suave me faz rijo e poderoso
Derreta-se na minha virilidade em carne e osso
E o coração mais rápido
E os ruídos tem o peso
Do hálito de feromônio
Feromônio que enlouquece
Feromônio e alma tecem
As paredes do manicômio
Te agarro na esperança
De entrar dentro de você
Tal qual entro nessa hora
Língua membro dentro fora
E os segundos viram horas
Nessa pele agora Aura
Ahn... nesse instante o amor nasce
Oun... nesse instante o amor morre
Shh... os olhos se viraram
Para olhar pra dentro
E o duro se derrete
E as pétalas ao vento
Dessa Rosa embebida
Em fluidos de sentimentos
Eternos do Agora
E as secreções vão embora
Alimentadas pra depois
Já tatuadas na alma
Toda potência e calma
Desse Big Bang a dois.
Imergem as notas agudas no excitado ouvido
E a língua passeia nos cumes e reentrâncias
Preparando com afinco e sutileza em cada instância
Língua molhada em orifícios molhados
Suor que nos dissolve pra virarmos duo-uno
Seu toque mais suave me faz rijo e poderoso
Derreta-se na minha virilidade em carne e osso
E o coração mais rápido
E os ruídos tem o peso
Do hálito de feromônio
Feromônio que enlouquece
Feromônio e alma tecem
As paredes do manicômio
Te agarro na esperança
De entrar dentro de você
Tal qual entro nessa hora
Língua membro dentro fora
E os segundos viram horas
Nessa pele agora Aura
Ahn... nesse instante o amor nasce
Oun... nesse instante o amor morre
Shh... os olhos se viraram
Para olhar pra dentro
E o duro se derrete
E as pétalas ao vento
Dessa Rosa embebida
Em fluidos de sentimentos
Eternos do Agora
E as secreções vão embora
Alimentadas pra depois
Já tatuadas na alma
Toda potência e calma
Desse Big Bang a dois.
quarta-feira, 7 de maio de 2014
Que se alastre
Fogo que se alastra como espasmos do espírito
Rosto lindo e lesado tal qual gosto de gozo
Confusão entre o chamado do abismo e sua chama
Que ilumina o breu do nada assim fazendo-o Todo
Todas as sementes estão vivas na sua morte
Todos os dementes amam tanto a sanidade
Que se obrigam a vê-la no final do último corte
Das cordas perversas dos títeres da verdade
Quero te salvar pra me enxergar na sua vitória
Quero chafurdar na sua luz eterna de glória
Afinal a luz mais rutilante de Glória vem da Merda
Desse fosso lindo que chamamos Redenção
Sempre emergem juntos Glória, Queda e Coração
Nunca impossível a distância que é incerta.
Rosto lindo e lesado tal qual gosto de gozo
Confusão entre o chamado do abismo e sua chama
Que ilumina o breu do nada assim fazendo-o Todo
Todas as sementes estão vivas na sua morte
Todos os dementes amam tanto a sanidade
Que se obrigam a vê-la no final do último corte
Das cordas perversas dos títeres da verdade
Quero te salvar pra me enxergar na sua vitória
Quero chafurdar na sua luz eterna de glória
Afinal a luz mais rutilante de Glória vem da Merda
Desse fosso lindo que chamamos Redenção
Sempre emergem juntos Glória, Queda e Coração
Nunca impossível a distância que é incerta.
segunda-feira, 5 de maio de 2014
A Vida (e os Demônios Falantes)
Pulse vida
Volte retumbante
Você é querida
É alma e sangue
Reconstrua a calma
Nesse inferno de Dante
Reensine o silêncio
Pros meus demônios falantes
Eu quero e eu vou
Não sou um caso perdido
É só a força do Amor
Provada no precipício
Rosas e fel na brisa
Que emana do escuro abissal
Pulse retumbante, vida
Firme e leve como um animal
Na sujeira eu quis o puro
De quem não tem mais nada a perder
Na beleza do absurdo
A aura da razão quis apreender
Acho que estou pronto, vida
Erro e acerto iguais
Um pouco de afago à ferida
Pra eu focar na felicidade
Um pouco mais...
Volte retumbante
Você é querida
É alma e sangue
Reconstrua a calma
Nesse inferno de Dante
Reensine o silêncio
Pros meus demônios falantes
Eu quero e eu vou
Não sou um caso perdido
É só a força do Amor
Provada no precipício
Rosas e fel na brisa
Que emana do escuro abissal
Pulse retumbante, vida
Firme e leve como um animal
Na sujeira eu quis o puro
De quem não tem mais nada a perder
Na beleza do absurdo
A aura da razão quis apreender
Acho que estou pronto, vida
Erro e acerto iguais
Um pouco de afago à ferida
Pra eu focar na felicidade
Um pouco mais...
Segredos da Caverna
Enquanto uns segredos se desvelam
Outros emergem sorrateiramente
De cavernas sorrateiras
Não sabia que cavernas continham estrelas
Esses segredos-estrelas mortos mas de brilho
Tão inatacável
Quanto impraticável
Caverna mental
Estrelas míticas
Mitos serão mentiras se não afagadas
Com a aura romântica dos desbravadores
Desbravo as dores como alguém que alimenta a peçonha
Do animal essencialmente traidor
Atrás de trair a dor rasgando-a...
Deixei-me tragar pela imagem da caverna
Sem saber que ela é só alegoria
Me apaixonei pelo riso sem saber por que ria
Quero esvaziar meu coração-caverna
Ele está abarrotado de escuridão
Cadê as estrelas que tanto procurei?
O segredo tomou consciência de si e se escondeu
Venha, meu segredo, e me conte aquela novidade
Que eu já sei, aquela linda promessa
Já cumprida que se vestiu de promessa
Apenas por pura Poesia
Eu acredito em você...
Outros emergem sorrateiramente
De cavernas sorrateiras
Não sabia que cavernas continham estrelas
Esses segredos-estrelas mortos mas de brilho
Tão inatacável
Quanto impraticável
Caverna mental
Estrelas míticas
Mitos serão mentiras se não afagadas
Com a aura romântica dos desbravadores
Desbravo as dores como alguém que alimenta a peçonha
Do animal essencialmente traidor
Atrás de trair a dor rasgando-a...
Deixei-me tragar pela imagem da caverna
Sem saber que ela é só alegoria
Me apaixonei pelo riso sem saber por que ria
Quero esvaziar meu coração-caverna
Ele está abarrotado de escuridão
Cadê as estrelas que tanto procurei?
O segredo tomou consciência de si e se escondeu
Venha, meu segredo, e me conte aquela novidade
Que eu já sei, aquela linda promessa
Já cumprida que se vestiu de promessa
Apenas por pura Poesia
Eu acredito em você...
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