quinta-feira, 8 de maio de 2014

Duo-uno (molhados)

Emerge das mãos a sensualidade feminina
Imergem as notas agudas no excitado ouvido
E a língua passeia nos cumes e reentrâncias
Preparando com afinco e sutileza em cada instância

Língua molhada em orifícios molhados
Suor que nos dissolve pra virarmos duo-uno
Seu toque mais suave me faz rijo e poderoso
Derreta-se na minha virilidade em carne e osso

E o coração mais rápido
E os ruídos tem o peso
Do hálito de feromônio
Feromônio que enlouquece
Feromônio e alma tecem
As paredes do manicômio

Te agarro na esperança
De entrar dentro de você
Tal qual entro nessa hora
Língua membro dentro fora
E os segundos viram horas
Nessa pele agora Aura

Ahn... nesse instante o amor nasce
Oun... nesse instante o amor morre
Shh... os olhos se viraram
Para olhar pra dentro
E o duro se derrete
E as pétalas ao vento
Dessa Rosa embebida
Em fluidos de sentimentos
Eternos do Agora
E as secreções vão embora
Alimentadas pra depois
Já tatuadas na alma
Toda potência e calma
Desse Big Bang a dois.

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