quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Lá dentro

Deite lá dentro
É pulsante, vermelho,
Quente.
Ainda não puro
Mas não assim tão obscuro
Quanto minha nostalgia triste sugere.
Mas com Amor
Um Amor confuso que ainda não decifrei
Por medo do término do ciclo
Que mil voltas já deu
Em vis voltas já veio
Espirais buraco-negro no meio
Que a cabeça deu a volta no eu
Dando os nós...
Lá dentro a eternidade pulsa
Vermelha, quente,
Nas lembranças tão lindas
Quanto a distância do tempo
Mas tenho me sentido esquizofrênico
Ninando a sombra
Com mãos de veludo
Percorrendo a montanha com os olhos
E o mato coçando os pés do absurdo
Como o nada
Que se surpreendeu com o tudo
Dentro de si.

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