A liberdade nasce em mim perfurando
De dentro pra fora
Como água fervente que jorra
De um cubículo de carne chamado coração
Trabalharam a prisão em mim
Agora preciso trabalhar o túnel pro outro lado desse oceano
Ócio-anos
Ocre anos
Meio sépios...
Me sinto meio sépio
Olhos-sépia
Interiorizada a cor da saudade...
Não quero mais falar disso
Mais uma vez o precipício
Invento linguagens novas pra mesma língua
Pra de repente reprogramá-la
Mas tudo de repente repete a míngua
Do pulsar cardíaco diluído na fala
A fala é incompleta
Quando repentina
Ou é no susto que estatela
A porcelana que flutua
Junto com o Elefante na tela
Chamada sala?
A liberdade brota em mim como a flor de um vaso flutuante na sala
Que ao cair perfura o olhar como o aparecimento de uma alma
Que prende e libera ao mesmo tempo
O mesmo coração.
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