Que meu sangue borbulhe nas suas veias
Que minhas mãos ponham fogo na sua alma
E nas suas entranhas
Que você se sinta estranha
Durante três dias
Me esqueça por dois
E no próximo queira conversar olhando a lua
Que terá se tornado meus olhos
Que eu te faça com você me olhando
E eu retribuindo a languidez da nossa entrega
Tão rígida quanto sensível
Tão idílica quanto crível
Estertor mortal pela certeza da ressurreição
Que eu te machuque de tanto prazer
(ÃÃÃÃNNHH)No meu toque
(HUUUUMMM)Que o enterro
(OOOUNNNN)Me enterre
(AAAAISHH)EM VOCÊ
QUE VOCÊ SE MASTURBE LENDO ESSA POESIA
E GOZE
(AAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHNNNNNNN.................................)
sexta-feira, 20 de abril de 2012
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Credo
Estou derretendo
O tempo é água quente
Como o cérebro dormente
Após tantos sentidos
A alma não vinga
Sou descrente sobre isso
Precipício é precipício
Placas sempre de "não siga"
Quem sabe eu queime a língua
Mas já estarei no inferno
Melhor do que esse eterno
Esperança que cresce e mingua
Mas verdades são assim:
São sempre mentiras no fim
Por só sustentarem-se em mim.
Valéria Dusaki
O tempo é água quente
Como o cérebro dormente
Após tantos sentidos
A alma não vinga
Sou descrente sobre isso
Precipício é precipício
Placas sempre de "não siga"
Quem sabe eu queime a língua
Mas já estarei no inferno
Melhor do que esse eterno
Esperança que cresce e mingua
Mas verdades são assim:
São sempre mentiras no fim
Por só sustentarem-se em mim.
Valéria Dusaki
Seco
Há vidas secas na água
Algo, algas fora de lugar
Tiros certos de mágoa
Na água, sempre a acertar
E cada vez menos
Oxigênio
E cada vez menos
Gênio
E cada vez menos
Ênio
E cada vez menos...
Há algo mais aqui
Como alvos na água
Arrepio que senti
Por sentir a falta
E cada vez mais
Dias
E cada vez mais
Dialetos
E cada vez mais
Dialéticas
E cada vez mais
Dias de dialetos dialéticos diametralmente dispostos.
Cadê você?
Valéria Dusaki
Algo, algas fora de lugar
Tiros certos de mágoa
Na água, sempre a acertar
E cada vez menos
Oxigênio
E cada vez menos
Gênio
E cada vez menos
Ênio
E cada vez menos...
Há algo mais aqui
Como alvos na água
Arrepio que senti
Por sentir a falta
E cada vez mais
Dias
E cada vez mais
Dialetos
E cada vez mais
Dialéticas
E cada vez mais
Dias de dialetos dialéticos diametralmente dispostos.
Cadê você?
Valéria Dusaki
Do inferno ao aproveitamento dele
Penetro nesse antro que é sua mente
Praticamente um pára-raios de devassidão
Concluo, assim, que somos iguais. Então
Deleito-me num parque de diversões intermitentes
E vejo seus pais incutindo-lhe valores
Tais quais cientistas loucos e Frankstein
Lembranças de uma infância onde as únicas cores
São o vermelho-sangue e o alvo-ninguém
Seu primeiro amor lhe pareceu
A redenção que fuzilaria seus demônios
Mas ele apenas te usou e te esqueceu
Foste apenas um poço fétido de feromônios
As pessoas te olhavam no seu canto
Retraída, frágil, submissa ao tempo
Coração feito de carne e remendos
Os quais desalinhavam só olhando
Até que, faltando só uma gota de vida
Pra que a altura viesse ao chão,
Resolveste pegar as suas feridas
E fazer delas sua única redenção
E matou um a um seus inimigos
Com prazer mais que sexual
Por chegar ao espiritual:
Sensos reavivados e infinitos
Não mais aurora, só pôr-do-sol
Só gasto de vida, não mais formol
Sem tristeza, só melancolia
Recuperar o que há muito já não se via
Tens meu amor (sujo, mas amor)
Só um verme pra entender o outro
Não há no mundo quantidade de ouro
Que compre a compreensão de nossa dor.
Valéria Dusaki
Praticamente um pára-raios de devassidão
Concluo, assim, que somos iguais. Então
Deleito-me num parque de diversões intermitentes
E vejo seus pais incutindo-lhe valores
Tais quais cientistas loucos e Frankstein
Lembranças de uma infância onde as únicas cores
São o vermelho-sangue e o alvo-ninguém
Seu primeiro amor lhe pareceu
A redenção que fuzilaria seus demônios
Mas ele apenas te usou e te esqueceu
Foste apenas um poço fétido de feromônios
As pessoas te olhavam no seu canto
Retraída, frágil, submissa ao tempo
Coração feito de carne e remendos
Os quais desalinhavam só olhando
Até que, faltando só uma gota de vida
Pra que a altura viesse ao chão,
Resolveste pegar as suas feridas
E fazer delas sua única redenção
E matou um a um seus inimigos
Com prazer mais que sexual
Por chegar ao espiritual:
Sensos reavivados e infinitos
Não mais aurora, só pôr-do-sol
Só gasto de vida, não mais formol
Sem tristeza, só melancolia
Recuperar o que há muito já não se via
Tens meu amor (sujo, mas amor)
Só um verme pra entender o outro
Não há no mundo quantidade de ouro
Que compre a compreensão de nossa dor.
Valéria Dusaki
Do inferno ao céu
Tudo era névoa, luzes frias,
Sonhos lindos como defesa da
Realidade triste, da tristeza real...
Luzes na névoa são luzes que confundem,
E eu, humano então confuso, ficava
Completamente tonto, sem direção.
A esperança sempre terminava em choro,
O amor sempre como um sonho distante
E os pensamentos tristes cantando em coro:
"Não fale, não sorria, não sonhe ou cante".
Olhava a cidade sonhando sonhos
Sem importância, sonhos em cifras...
Meus sonhos sem realização;
Os sonhos urbanos, vazios e decadentes...
Vidas vazias como vasos
De vidro industrializado em série...
Numa noite qualquer me torno
A depressão e ela me mata, vivos vazios
Iguais a mortos podres, apenas terra...
Numa noite qualquer...
Mas numa noite qualquer você
Apareceu e uma noite qualquer
Tornou-se a noite em que eu me senti
Vivo, completamente vivo...
E depois de mil anos na cova percebi
Que meu coração não tinha apodrecido
Talvez te esperando, sonhando e resistindo
Por ti...Nunca foi tão bom sentir
Meu coração bater.
Valéria Dusaki
Sonhos lindos como defesa da
Realidade triste, da tristeza real...
Luzes na névoa são luzes que confundem,
E eu, humano então confuso, ficava
Completamente tonto, sem direção.
A esperança sempre terminava em choro,
O amor sempre como um sonho distante
E os pensamentos tristes cantando em coro:
"Não fale, não sorria, não sonhe ou cante".
Olhava a cidade sonhando sonhos
Sem importância, sonhos em cifras...
Meus sonhos sem realização;
Os sonhos urbanos, vazios e decadentes...
Vidas vazias como vasos
De vidro industrializado em série...
Numa noite qualquer me torno
A depressão e ela me mata, vivos vazios
Iguais a mortos podres, apenas terra...
Numa noite qualquer...
Mas numa noite qualquer você
Apareceu e uma noite qualquer
Tornou-se a noite em que eu me senti
Vivo, completamente vivo...
E depois de mil anos na cova percebi
Que meu coração não tinha apodrecido
Talvez te esperando, sonhando e resistindo
Por ti...Nunca foi tão bom sentir
Meu coração bater.
Valéria Dusaki
sexta-feira, 13 de abril de 2012
Sinta
Sinta-me quebrando seus ossos
Sinta-me cegando seus olhos
Veja os seus sonhos sugados
Pra dentro dos fracassos
Sinta vontade de fazer
Algo pra tentar esquecer
Sinta a agulha entrando
Sinta os sonhos ressuscitando
E morrendo algumas horas depois
E a dor multiplicada por dois
Sinta o seu corpo inerte
Enquanto sua alma se veste
De luz para ocultar a sombra
Subtração que se esconde na soma
Sinta o cheiro da morte e da dor tomar conta
Sinta o mundo explodindo enquanto você sonha
E o sonho é bom, a realidade é o contrário
A realidade escura enquanto o sonho é claro
E sinta a verdade se revelar no fim
Na verdade você sente o que está em mim.
Valéria Dusaki
Sinta-me cegando seus olhos
Veja os seus sonhos sugados
Pra dentro dos fracassos
Sinta vontade de fazer
Algo pra tentar esquecer
Sinta a agulha entrando
Sinta os sonhos ressuscitando
E morrendo algumas horas depois
E a dor multiplicada por dois
Sinta o seu corpo inerte
Enquanto sua alma se veste
De luz para ocultar a sombra
Subtração que se esconde na soma
Sinta o cheiro da morte e da dor tomar conta
Sinta o mundo explodindo enquanto você sonha
E o sonho é bom, a realidade é o contrário
A realidade escura enquanto o sonho é claro
E sinta a verdade se revelar no fim
Na verdade você sente o que está em mim.
Valéria Dusaki
Fi-lho-da-pu-ta
O artista é um filho da puta
Da puta mais cruel e negligente,
Ou seja: o público.
Como filhos querem atenção
Ele inventa rimas e um refrão
Ele chora pelas tetas de uma mãe
Que dá para os seus amores passados
Que quase nem estiveram presentes...
Filho bom é filho quieto
No canto de uma sala esperto
Apenas esperando por uma migalha
De olhar. Sofreguidão inconstante
A medida que as migalhas vêm
Porém constante, pois jogadas são
Como ao léu, pra ninguém.
E quando o olhar é de aprovação
O filho prefere o de espanto
Que é mais difícil de fingir
E quando é de santificação
O artista grita: "-Quebre esse santo
Pois é você que deve existir!"
E os dois começam a existir.
Valéria Dusaki
Da puta mais cruel e negligente,
Ou seja: o público.
Como filhos querem atenção
Ele inventa rimas e um refrão
Ele chora pelas tetas de uma mãe
Que dá para os seus amores passados
Que quase nem estiveram presentes...
Filho bom é filho quieto
No canto de uma sala esperto
Apenas esperando por uma migalha
De olhar. Sofreguidão inconstante
A medida que as migalhas vêm
Porém constante, pois jogadas são
Como ao léu, pra ninguém.
E quando o olhar é de aprovação
O filho prefere o de espanto
Que é mais difícil de fingir
E quando é de santificação
O artista grita: "-Quebre esse santo
Pois é você que deve existir!"
E os dois começam a existir.
Valéria Dusaki
PRAEAMBULA
Este tipo de literatura, sendo desempenhada em prosa ou verso, é incapaz de remansar no esgotamento da palavra ou até mesmo na sobra dela.
Pavimenta precipícios emocionais, desesperos, soluços, canalhices e canduras executados por pura experimentação da linguagem. Invoca curiosos jogos de idéias e verbos, alicerçando a presença da atualmente constante isenção gramatical que fornica de maneira sebosa com o concretismo.
Fora todas estas questões mancomunadas com o imaginário, percebe-se, de maneira marcante, a realidade, favorecendo o discurso que divaga quando quer, mas que cria atrelamento com o verso anterior, dando multiplicidade de interpretações ao leitor.
Não obstante, existem aqueles que adoram situar e rotular livros com teorias ansiosas. Não corro esse risco. Poesia é poesia e, quando sem afrescalhamentos, pode emergir grandiosa, presenteando o autor que acaba recebendo sua sombra em paralelo à obra.
Desta medíocre equação, logo nota-se que é leitura com elasticidade tanto para o banheiro quanto para os academicistas.
Ennio Villavelha
integrante do livro "Poemas de Valéria Dusaki"
Pavimenta precipícios emocionais, desesperos, soluços, canalhices e canduras executados por pura experimentação da linguagem. Invoca curiosos jogos de idéias e verbos, alicerçando a presença da atualmente constante isenção gramatical que fornica de maneira sebosa com o concretismo.
Fora todas estas questões mancomunadas com o imaginário, percebe-se, de maneira marcante, a realidade, favorecendo o discurso que divaga quando quer, mas que cria atrelamento com o verso anterior, dando multiplicidade de interpretações ao leitor.
Não obstante, existem aqueles que adoram situar e rotular livros com teorias ansiosas. Não corro esse risco. Poesia é poesia e, quando sem afrescalhamentos, pode emergir grandiosa, presenteando o autor que acaba recebendo sua sombra em paralelo à obra.
Desta medíocre equação, logo nota-se que é leitura com elasticidade tanto para o banheiro quanto para os academicistas.
Ennio Villavelha
integrante do livro "Poemas de Valéria Dusaki"
Fim de tarde da noite
Como eu esperei pelo sol...
Mas ele não veio, afinal era de noite
Como esperei pelo prazer debaixo do açoite
Como esperei por sentimentos no formol.
A lua estava lá pelo menos
Quase como um remendo, porém embebido
Em bálsamo de licor, contradição sendo
Intrépida e incolor como burro fugido.
Minhas imagens embaralhadas não incomodam ninguém
Mas dizem respeito a todo mundo
Mesmo o mendigo vagabundo e imundo
Sofre e pragueja, assim sendo, contra aqueles que tem
E com alguma razão
Apesar do espírito nada são
(E apesar do espírito, para os outros nada são
Os mendigos).
O dia não veio (eu sei...era de noite!)
Mas a esperança contida nisso é eterna
Sei da minha amada longe e sempre terna
E sei também da noite, do formol
E do açoite
E estou aqui ainda, esperando...
integrante do livro "Poemas de Valéria Dusaki"
Mas ele não veio, afinal era de noite
Como esperei pelo prazer debaixo do açoite
Como esperei por sentimentos no formol.
A lua estava lá pelo menos
Quase como um remendo, porém embebido
Em bálsamo de licor, contradição sendo
Intrépida e incolor como burro fugido.
Minhas imagens embaralhadas não incomodam ninguém
Mas dizem respeito a todo mundo
Mesmo o mendigo vagabundo e imundo
Sofre e pragueja, assim sendo, contra aqueles que tem
E com alguma razão
Apesar do espírito nada são
(E apesar do espírito, para os outros nada são
Os mendigos).
O dia não veio (eu sei...era de noite!)
Mas a esperança contida nisso é eterna
Sei da minha amada longe e sempre terna
E sei também da noite, do formol
E do açoite
E estou aqui ainda, esperando...
integrante do livro "Poemas de Valéria Dusaki"
Teletransporte
Imagens de iguarias e tecidos finos
Dentro de Suburbia
Quero descansar nessa cidade-desespero
Eu senti o vento com seus olhos me olhando
O fel se transformou em mel
Poluição se abriu e vi o céu
Puro, e o tiro no escuro foi só brincadeira
De crianças felizes.
Como as Cascatas e as musas
Como os morangos na CNB-09
Dentro de mim
As sensações que nunca deveriam ter ido
Embora (e por isso não foram.
É que o tempo é quase implacável. Quase.)
Fogueira na beira do mar. E depois da turba
A solidão benévola. O descanso desmaiado
Na cama, o suspiro profundíssimo
Antes de encher a cara de sonhos
Misteriosos pra dar o que falar amanhã...
Pessoas em volta, pessoas (não projetos)
Leve. E não é impossível, afinal
É passado. E se aconteceu, pode acontecer
De novo.
integrante do livro "Poemas de Valéria Dusaki"
Dentro de Suburbia
Quero descansar nessa cidade-desespero
Eu senti o vento com seus olhos me olhando
O fel se transformou em mel
Poluição se abriu e vi o céu
Puro, e o tiro no escuro foi só brincadeira
De crianças felizes.
Como as Cascatas e as musas
Como os morangos na CNB-09
Dentro de mim
As sensações que nunca deveriam ter ido
Embora (e por isso não foram.
É que o tempo é quase implacável. Quase.)
Fogueira na beira do mar. E depois da turba
A solidão benévola. O descanso desmaiado
Na cama, o suspiro profundíssimo
Antes de encher a cara de sonhos
Misteriosos pra dar o que falar amanhã...
Pessoas em volta, pessoas (não projetos)
Leve. E não é impossível, afinal
É passado. E se aconteceu, pode acontecer
De novo.
integrante do livro "Poemas de Valéria Dusaki"
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Tango de Fantasmas
Eu queria me revelar
Numa poesia-dissertação grotescamente amável
Eu queria poder mostrar meu coração sem medo de novo...
Amar sem nenhuma vergonha
Numa matéria no jornal da alma
Onde eu pudesse citar todas as fontes, todos os nomes,
Matéria alma e nome tudo num raio disparado dos meus olhos
Pros seus...
Como eu não sei mais quem você é
Tenho que me virar com o pouco que sou
Como um deus que perdeu a fé num Deus Maior
Esfarelando a si mesmo por consequência...
E virando humano,
Simplesmente humano,
Inevitavelmente humano.
Meu sangue corre outra vez rumo ao sonho,
Mas enquanto ele não alcança, a esperança
Soa como um inútil torpor, tango de fantasmas
Rodopiando nas nuvens sinistramente envolventes
Das memórias futuras
Nesse presente que virá
Quando eu te conhecer de novo
Tendo já te conhecido
Quando não houver mais tempo
No Amor.
Numa poesia-dissertação grotescamente amável
Eu queria poder mostrar meu coração sem medo de novo...
Amar sem nenhuma vergonha
Numa matéria no jornal da alma
Onde eu pudesse citar todas as fontes, todos os nomes,
Matéria alma e nome tudo num raio disparado dos meus olhos
Pros seus...
Como eu não sei mais quem você é
Tenho que me virar com o pouco que sou
Como um deus que perdeu a fé num Deus Maior
Esfarelando a si mesmo por consequência...
E virando humano,
Simplesmente humano,
Inevitavelmente humano.
Meu sangue corre outra vez rumo ao sonho,
Mas enquanto ele não alcança, a esperança
Soa como um inútil torpor, tango de fantasmas
Rodopiando nas nuvens sinistramente envolventes
Das memórias futuras
Nesse presente que virá
Quando eu te conhecer de novo
Tendo já te conhecido
Quando não houver mais tempo
No Amor.
Me ama
Nem sei mais se tenho coração
Agora que o sinto de novo
Como é sentir novamente?
Sentir a bala rente
Por medo de senti-la na mosca.
Onde realmente está?
A mosca do coração...
Ah, me deixa ir
Como alguém que se mata
Já sabendo da ressurreição
Mas sem saber da dor
De nascer de novo...
Me ame
Me envolva
Meu sangue
Nessa alcova
Implora pelo seu
Deus ateu
Venha com tudo como um soco no escuro
Com alma e carne
Sem capacete e escudo...
Me ama.
Agora que o sinto de novo
Como é sentir novamente?
Sentir a bala rente
Por medo de senti-la na mosca.
Onde realmente está?
A mosca do coração...
Ah, me deixa ir
Como alguém que se mata
Já sabendo da ressurreição
Mas sem saber da dor
De nascer de novo...
Me ame
Me envolva
Meu sangue
Nessa alcova
Implora pelo seu
Deus ateu
Venha com tudo como um soco no escuro
Com alma e carne
Sem capacete e escudo...
Me ama.
Assinar:
Postagens (Atom)