quinta-feira, 12 de abril de 2012

Tango de Fantasmas

Eu queria me revelar
Numa poesia-dissertação grotescamente amável
Eu queria poder mostrar meu coração sem medo de novo...
Amar sem nenhuma vergonha
Numa matéria no jornal da alma
Onde eu pudesse citar todas as fontes, todos os nomes,
Matéria alma e nome tudo num raio disparado dos meus olhos
Pros seus...
Como eu não sei mais quem você é
Tenho que me virar com o pouco que sou
Como um deus que perdeu a fé num Deus Maior
Esfarelando a si mesmo por consequência...
E virando humano,
Simplesmente humano,
Inevitavelmente humano.
Meu sangue corre outra vez rumo ao sonho,
Mas enquanto ele não alcança, a esperança
Soa como um inútil torpor, tango de fantasmas
Rodopiando nas nuvens sinistramente envolventes
Das memórias futuras
Nesse presente que virá
Quando eu te conhecer de novo
Tendo já te conhecido
Quando não houver mais tempo
No Amor.

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