quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Notícias de sempre

Dias de merda
Jornal-Funeral
Guerras espirituais
Sofrimento carnal
A carne é fraca, o espírito é forte
E por isso todo mundo morre
Pra eles bosta na água
É pobre em enchente
E ninguém se enche
E todos são enterrados vivos
Como indigentes (índios-gente)
Índios, gente!! Gente?
Ah, é...Enterrados vivos...
Thabalho-sacrifício
Cidade dormitório-hospício
Hipnose-TV nos remetendo a
Vidas passadas (em eternos replays)
Senhas de cofre
De dinheiro volátil
Veias de cobre
Olhos de cobra-cega cibernética
Seios desnudos
Pra aplacar a dor contida no gozo
Mãos imundas
Depois de lavarmos ajudando o outro
Visão além da fumaça
E o que vi foram pilhas de mortos:
Pilhas.

Valéria Dusaki

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